Tripulantes da Ryanair marcam seis dias de greve na época da Páscoa

Os funcionários da transportadora irlandesa pedem melhores condições de trabalho e o fim da “cultura de bullying” que dizem enfrentar dentro da empresa.

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Os tripulantes dizem que “a Ryanair mantém contratos precários há mais de dez anos” Reuters/Kevin Coombs

Os tripulantes de cabine da companhia aérea low cost Ryanair anunciaram nesta quinta-feira que convocarão “até três dias de greve a realizar na última quinzena do mês de Março e até três dias a realizar na primeira quinzena do mês de Abril de 2018”, segundo informou o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), num comunicado enviado às redacções. A Páscoa, este ano, tem lugar entre 30 de Março, sexta-feira, e 1 de Abril, domingo.

Os tripulantes da companhia irlandesa garantem que avançarão com a greve a não ser que haja “uma alteração imediata e substancial das práticas empresariais que prejudicam gravemente os tripulantes de cabine”.

No comunicado, é referido que “as condições de trabalho na Ryanair se têm deteriorado nos últimos anos” e que “a Ryanair mantém contratos precários há mais de dez anos”, recusando-se “a tratar os seus tripulantes com o mínimo de respeito e dignidade humana”. O sindicato pede que ponha um ponto final “à cultura de bullying e pressão desmesurada sobre os seus tripulantes”

Esta não é a primeira vez que a transportadora aérea é acusada de más condições laborais. Em Dezembro, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil desconvocou a greve dos pilotos da Ryanair, prevista para dia 20 daquele mês – também esta paralisação tinha como objectivo a exigência de melhores condições de trabalho, melhores salários e o reconhecimento da sua sindicalização.

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