BE questiona destacamento de antigo director do Museu da Presidência para Coimbra

Diogo Gaspar, suspeito de desvio de bens do museu instalado no Palácio de Belém, foi colocado na Delegação Regional de Cultura do Centro.

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Diogo Gaspar António José/ Lusa

O Bloco de Esquerda (BE) questionou esta quarta-feira o Governo sobre as razões concretas que determinaram a aceitação, pela Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC), do pedido de destacamento de Diogo Gaspar, antigo director do Museu da Presidência.

Baseando-se nas notícias publicadas pelo Expresso e pelo PÚBLICO que dão conta de que “Diogo Gaspar, antigo director do Museu da Presidência da República – suspenso das suas funções por ser arguido num processo em que é suspeito de crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder – foi destacado para a DRCC, em Coimbra, ao abrigo do regime de mobilidade da administração pública”, e que essa transferência foi depois “confirmada pela directora-regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, que se terá mostrado satisfeita por poder contar com Diogo Gaspar”, o BE quer também saber se a DRCC dispõe “dos meios humanos necessários para o cabal cumprimento das suas funções, ou justifica-se uma tão manifesta satisfação da directora-regional com a possibilidade deste destacamento suprir eventuais carências de quadros técnicos nesta direcção regional?”.

Citando o PÚBLICO, o BE recorda depois o processo que levou o Ministério PÚBLICO a constituir Diogo Gaspar como arguido num processo, designado Operação Cavaleiro, por suspeita de vários crimes no exercício do seu cargo de director do Museu da Presidência da República.

O PÚBLICO confrontou o gabinete do Ministério da Cultura com a questão agora levantada pelo BE. “Trata-se de uma decisão administrativa da competência da Direcção Regional de Cultura do Centro, que é uma decisão legal, e que não vamos comentar”, respondeu fonte do gabinete de Luís Filipe Castro Mendes.