Obra do Centro de Recolha Animal do Porto deve arrancar no próximo semestre

O novo centro vai duplicar a área de boxes do actual canil municipal

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A construção do Centro de Recolha Oficial de Animais do Porto, que substituirá o actual canil municipal, foi adjudicada e prevê-se que a obra comece no próximo semestre do ano, revelou esta quinta-feira a Câmara Municipal.

No seu portal de notícias, a autarquia explica que o novo equipamento vai ser instalado em Azevedo de Campanhã, "ocupando uma parcela de terreno do Viveiro Municipal" e "será uma estrutura moderna e vai oferecer condições de excelência para a recolha de canídeos e felídeos".

A Câmara acrescenta que a obra "mais do que duplica a área das boxes actualmente existentes no canil, de 94 para 220, aguardando agora a adjudicação pelo visto do Tribunal de Contas (TdC).

"Uma vez dado o sinal verde pelo Tribunal de Contas, as obras chegarão ao terreno no próximo trimestre", refere o município.

Segundo a Câmara, "no projecto para a nova infra-estrutura está desenhada uma separação física e funcional entre serviços oficiais e de adopção, com melhorias significativas ao nível das condições sanitárias".

De acordo com a autarquia, o Centro de Recolha terá ainda "um bloco cirúrgico que possibilitará uma rápida e eficiente esterilização dos animais.

A isto, soma-se "uma sala de enfermagem independente para o tratamento e o acompanhamento clínico dos animais alojados, zonas de exercício e de sociabilização, área de tosquia e higienização".

"Em articulação com a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), está garantida, inclusive, a disponibilidade para o apoio ao alojamento de animais em quarentena provenientes de outros países e, sempre que necessário, o acolhimento de outras espécies", destaca o portal.

A Câmara descreve que "a valorização da zona oriental da cidade pesou na decisão do local onde ficará o futuro equipamento".

"Na verdade, é em Campanhã que estão também assinaladas outras duas grandes obras estratégicas para a cidade: o Terminal Intermodal e o Matadouro Municipal", assinala.

O portal cita o vice-presidente da Câmara e vereador do Ambiente, Filipe Araújo, de acordo com quem "o Viveiro Municipal ocupa um terreno com uma área muito grande e que tem dimensão suficiente para albergar o centro de recolha oficial com as valências desejadas".

Filipe Araújo acrescenta que o espaço destinado ao Centro de Recolha não terá "impacto" na actividade do viveiro, que "terá um acesso dedicado".

Segundo a Câmara, "a estratégia da autarquia de apoio aos animais tem conhecido, nos últimos anos, novas iniciativas", tendo em 2015 sido lançado o "Plano Municipal de Controlo e Bem-Estar das Populações Animais de Cães e Gatos" que visa resolver as carências estruturais do serviço do actual canil e dar reposta às obrigações legais em vigor.

Este plano visa ainda responder "à generalidade das reivindicações das associações zoófilas, a Ordem dos Médicos Veterinários e a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária".