Mais de 2 mil farmácias reforçam stock de vacinas da gripe

Actividade gripal no país é moderada. A incidência de gripe situava-se na primeira semana de Janeiro nos 50,4 casos por cada 100 mil habitantes. Farmácias já dispensaram 509 mil doses da vacina.

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Marco Duarte

As farmácias estão a reforçar o stock de vacinas contra a gripe para fazer face ao pico da gripe, que se espera que aconteça nos próximos dias. A Associação Nacional de Farmácias refere que já foram dispensadas 509 mil doses nas 2326 farmácias que compõe a rede nacional, que inclui ilhas e Portugal continental.

“As pessoas devem vacinar-se já. Nunca é tarde para prevenir”, apelou a directora de Serviços Farmacêuticos da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Rute Horta, num comunicado enviado nesta sexta-feira às redacções. Na mesma nota, a associação acrescenta que as farmácias reforçaram esta semana os stocks “para facilitarem o acesso à vacina aos portugueses de qualquer ponto do território”.

Segundo a ANF, “até ao momento já foram dispensadas 509 mil vacinas na rede de farmácias”. A nota refere que no continente e nas ilhas, existem pelo menos 2326 farmácias habilitadas a administrar a vacina contra a gripe.

De acordo com o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a actividade gripal é moderada. A incidência de gripe situava-se na primeira semana de Janeiro nos 50,4 casos por cada 100 mil habitantes. Confirmou-se a tendência decrescente anunciada na semana anterior, com 69,6 casos por cada 100 mil habitantes.

Epidemia menos intensa

Em conferência de imprensa, realizada esta quinta-feira para fazer um balanço da gripe em Portugal, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que a epidemia deste Inverno será menos intensa do que a do Inverno anterior e que até ao momento o vírus do tipo B tem sido o predominante, tendo sido detectado em 83% dos casos.

Apesar da intensidade moderada da epidemia de gripe, o número de mortes por todas as causas ficou acima do esperado, para esta época, na última semana de 2017 e na primeira deste ano, com um acréscimo de 600 óbitos. Graça Freitas explicou que está em linha com o que aconteceu em anos anteriores. Com relação directa com a gripe terá havido "muito poucos casos de morte", assegurou.

Desde o início da época gripal até à primeira semana de Janeiro tinham sido assistidas nas unidades de cuidados intensivo 32 pessoas, 17 das quais na última semana. Dos 26 casos em que foi possível recolher informação adicional, sabe-se que 15 eram mulheres, 18 tinham 65 ou mais anos e 23 tinham doença crónica subjacente.

“Dos 16 casos em que o estado vacinal era conhecido, 4 (25%) estavam vacinados contra a gripe sazonal. Os vírus Influenza identificados foram do tipo B em 20 (77%) doentes, do tipo A em 5 (19%) e num doente foram simultaneamente identificados ambos”, refere ainda o relatório do INSA.

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