Charlie Hebdo, três anos depois do massacre

Três anos passaram desde o ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, a 7 de Janeiro de 2015. E em França a data não passa despercebida. Centenas de pessoas reuniram-se para de relembrar as vítimas. O jornal criou uma capa especial para assinalar o dia e desafia os atacantes com uma pergunta: "É o calendário do Daesh?"

Capa da edição especial que assinala o ataque que vitimou 12 pessoas da redacção do Charlie Hebdo LUSA/Apolline Thomasset HANDOUT
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Capa da edição especial que assinala o ataque que vitimou 12 pessoas da redacção do Charlie Hebdo LUSA/Apolline Thomasset HANDOUT

A 7 de Janeiro de 2015, três homens entraram na redacção do jornal satírico Charlie Hebdo, mataram 12 pessoas e feriram outras 11. Os artigos e cartoons da publicação foram utilizados como justificação para o ataque, perpetrados por jovens que queriam "vingar" o que consideravam a profanação do profeta Maomé.

Três anos depois, em França a data não passa despercebida. Centenas de pessoas reuniram-se em homenagem às vítimas, neste sábado, véspera em que se assinala este triste aniversário.

O próprio jornal edita uma edição especial para assinalar o facto, com uma capa em que, no topo, imprimiu a frase "Três anos numa lata de conserva". No centro da primeira página, uma porta maciça, e alguém que espreita por um rectângulo para ver quem bate à porta e estende : "É o calendário do Daesh? Nós já demos o suficiente [para esse peditório]".

Centenas de pessoas estiveram no teatro Folies Bergere para recordar as vítimas
Centenas de pessoas estiveram no teatro Folies Bergere para recordar as vítimas LUSA/YOAN VALAT
O ataque aconteceu a 7 de Janeiro, mas a cerimónia foi antecipada em um dia
O ataque aconteceu a 7 de Janeiro, mas a cerimónia foi antecipada em um dia LUSA/YOAN VALAT
Na altura do primeiro aniversário, o jornal escrevia: "Um ano depois e o assassino ainda está à solta"
Na altura do primeiro aniversário, o jornal escrevia: "Um ano depois e o assassino ainda está à solta" Reuters/BENOIT TESSIER
"Je suis Charlie" foi o slogan adoptado em todo o mundo, como forma de defender a liberdade de imprensa e de expressão
"Je suis Charlie" foi o slogan adoptado em todo o mundo, como forma de defender a liberdade de imprensa e de expressão Reuters/YVES HERMAN
As manifestaçõe de apoio também chegaram na altura a Portugal
As manifestaçõe de apoio também chegaram na altura a Portugal MJG Maria Joao Gala
Na primeira edição depois do ataque, Maomé voltou à capa do jornal
Na primeira edição depois do ataque, Maomé voltou à capa do jornal Reuters/BOBBY YIP
Reuters/POOL
A publicação não é conhecida por gerar consensos
A publicação não é conhecida por gerar consensos Reuters/MOHAMED AL-SAYAGHI