Português passa a ser a segunda língua mais falada na Premier League

Com Carlos Carvalhal no Swansea City passam a ser três os treinadores portugueses em simultâneo na Liga inglesa.

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O treinador esteve duas épocas no Sheffield Wednesday Andrew Couldridge/Reuters

José Mourinho já se sentava no banco de suplentes do Manchester United a temporada passada, tendo continuado esta época. Marco Silva saltou do Hull City para o Watford durante o Verão. E, agora, foi a vez de Carlos Carvalhal assumir o comando técnico do Swansea City, que recentemente despediu Paul Clement por causa dos maus resultados do actual último classificado da Liga inglesa. Portugal fica, assim, pela primeira vez, com três treinadores a trabalhar em simultâneo na Premier League e o português torna-se na segunda língua mais falada entre os técnicos daquele campeonato, só ultrapassada pelo inglês.

Argentina (Maurício Pochettino, no Tottenham, e Maurício Pellegrino, no Southampton), Espanha (Pep Guardiola, no Manchester City, e Rafa Benítez, no Newcastle) e França (Claude Puel, Leicester City, e Arsène Wenger, Arsenal) são os outros países com mais do que um treinador na actual Premier League — Portugal também já o tinha conseguido num passado recente, quando Mourinho e André Villas-Boas coabitaram.

A primeira experiência de Carlos Carvalhal na Premier League, após duas épocas e meia ao serviço do Sheffield Wednesday, clube do Championship, segundo escalão do futebol inglês, que levou por duas vezes consecutivas ao play-off de acesso à Premier League, sem sucesso, não será fácil. Pela frente terá o Watford, de Marco Silva, já neste sábado. Carvalhal tem 18 jogos para fugir à despromoção, numa altura em que o Swansea City está a cinco pontos da linha virtual da permanência, e não pode perder tempo.

“Neste momento, se perguntarmos a 100 pessoas que seguem futebol, elas dirão que o Swansea não escapa à despromoção”, disse o técnico português, de 52 anos, em declarações ao site do clube galês, com o qual assumiu um compromisso até final da época, com a possibilidade de mais uma de extensão. Carvalhal, que deixou o Sheffield Wednesday na véspera de Natal, admitiu que há quem pense que só um milagre pode salvar o clube da descida, mas refuta essa teoria com a promessa de trabalho árduo. “Não é um milagre, quando as coisas estão nas mãos dos homens. Está nas nossas mãos alcançar essa objectivo e não precisamos de ajuda divina”, disse.

No Swansea City, o técnico português orientará o internacional português Renato Sanches (cedido pelo Bayern Munique), em relação a quem pediu paciência: “Às vezes podemos esquecer que ele jogou na selecção e no Benfica enquanto miúdo. Está a aprender, ainda. Precisa de confiança, precisa de um papel na equipa. Com o tempo vai perceber os papéis que cada jogador tem de desempenhar na equipa.”

Notícia corrigida às 10h16 de 29 de Dezembro: Marco Silva é treinador do Watford e Rafa Benítez do Newcastle

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