Há mais jovens a conduzir sob efeito de álcool
Parlamento Europeu quer uniformizar regras e impor taxa zero em todos os países.
Num período de quatro anos mais de oito mil condutores jovens e motoristas profissionais foram apanhados a conduzir com níveis de álcool no sangue superiores ao admitido por lei (0,2 g/l). Os números da Guarda Nacional Republicana (GNR) são citados pelo Jornal de Notícias e reflectem as regras mais apertadas aplicadas a 1 de Janeiro de 2014, com a alteração ao Código da Estrada. Os números deverão ainda ser mais elevados, uma vez que não incluem os dados das zonas fiscalizados pela Polícia de Segurança Pública.
A 1 de Janeiro de 2014 entraram em vigor mais de 60 alterações ao Código da Estrada, entre elas a distinção de duas taxas de álcool mínimas diferentes: uma para os condutores particulares (0,5g/l) e outra para os profissionais (de veículos de socorro, transporte colectivo de crianças e jovens até aos 16 anos, de pesados de passageiros, mercadorias, matérias perigosas e taxistas) e recém-encartados (0,2g/l).
Mensalmente, as autoridades detectam em média 100 casos de condutores com níveis ilegais de álcool no sangue, dos quais 10% constituem crime (igual ou superior a 1,2 g/l). Só até ao final de Outubro, a GNR apanhou 1108 condutores em regime probatório (com carta há menos de três anos) a conduzir sob o efeito de álcool - quase tantos como os 1303 detectados em 2016 e os 1293 em 2014. Em 2015 foram apanhados 892 condutores.
Parlamento Europeu quer taxa zero para todos
O Parlamento Europeu quer que os recém-encartados sejam sujeitos à taxa zero de álcool em todos os Estados-membros. A proposta de resolução já foi enviada a Comissão Europeia a 23 de Outubro, adianta o JN. O Parlamento Europeu propõe à Comissão que avalie “o eventual valor acrescentado” de “harmonizar o limite de concentração de álcool em 0,0% para os novos condutores durante os seus dois primeiros anos e para os condutores profissionais”.
Alemanha, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Itália, Lituânia, República Checa e Roménia são os dez países onde a tolerância já é zero para os recém-encartados.