Peña Nieto lança ministo das Finanças como candidato à presidência em 2018
José Antonio Meade tem 48 anos, é economista e não está envolvido em casos de corrupção. Já esteve em quatro lugares do Governo.
O ministro das Finanças do México, José Antonio Meade, demitiu-se na segunda-feira à noite para se tornar o candidato do Partido Revolucionário Instituciona (PRI, no poder) nas eleições presidenciais de Julho de 2018.
O pedido de demissão, entregue ao actual Presidente Enrique Peña Nieto, pôs fim a meses de especulação sobre se seria Meade a avançar. Nieto confirmou a demissão e anunciou que José Antonio Gonzalez Anaya deixará a lierança da empresa Petroleos Mexicanos para assumir o cargo de ministro das Fiananças.
"Faço isto com a minha mais profunda convicção e emoção, o meu único desejo é servir o meu país", disse Meade na Cidade do México.
José Antonio Meade, de 48 anos, é um economista com doutoramento feito em Yale (prestigiada universidade dos EUA). Esteve em quatro lugares do Governo, incluindo um ano como ministro do Desenvolvimento Social, tendo sido o rosto da campanha para erradicar a pobreza no Sul do México.
Meade não foi envolvido nos escândalos de corrupção que têm atingido a cúpula do Governo mexicano. É por isso que alguns o têm apontado como a melhor opção do PRI, partido assolado por escândalos, para a corrida eleitoral de 2018.
"Desejo-lhe a melhor sorte para o projecto que decidiu promover", afirmou Peña Nieto, sem adiantar mais pormenores quanto à próxima missão de Meade.
Outros, porém, pensam que Meade seria uma escolha mais adequada para governador do Banco Central, sucedendo a Agustin Carstens, que deixa o cargo esta semana para chefiar o Banco de Pagamentos Internacionais. Numa entrevista de Junho, Meade disse que o Banco Central deve poder cortar os juros dos empréstimos até ao final do ano.
Meade surgiu como uma opção para a corrida presidencial depois de alguns dos aliados mais próximos de Peña Nieto, e potenciais candidatos a sucessores, terem sido envolvidos em suspeitas de conflito de interesses, como foi o caso do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Videgaray. Outros enfrentaram críticas pelo aumento da violência, como aconteceu com o ministro da Administração Interna, Miguel Angel Osorio Chong.
Em 2015 foi considerado que Videgaray não cometeu qualquer abuso quando comprou casa a um construtor que trabalhava para o Governo.
No México, os chefes de Estado cumprem apenas um mandato de sete anos.