Bangladesh
A minoria mais perseguida do mundo
No país que dizem ser seu, a Birmânia, chamam-lhes imigrantes ilegais e ninguém se digna sequer a pronunciar o seu nome. Porém, a presença dos rohingya em Rakhine tem uma história longa. Nas últimas décadas, esta minoria muçulmana foi alvo de abusos, perseguições religiosas e da violência do Exército. A ONU tem multiplicado os apelos e já falou em “genocídio”. Mas eles continuam a fugir de um sofrimento que parece não ter fim à vista.
Protagonistas
Nos últimos anos, o monge tornou-se o rosto do ódio dos extremistas budistas contra os muçulmanos da Birmânia, em particular os rohingya. Porém, os seus sermões, ao vivo ou pela Internet, atraem cada vez mais gente
A chegada ao poder da activista e Prémio Nobel da Paz foi vista como o nascimento da era democrática na Birmânia. Mas o seu silêncio em relação aos rohingya desapontou os seus mais ardentes apoiantes
Apesar das reformas democráticas, o Exército continua a ser a instituição preponderante no sistema político birmanês. Os militares mantêm uma forte presença no Governo e têm reservados 25% dos lugares Parlamento
Êxodo e crise actual
Desde 25 de Agosto 420.000 rohingya fugiram de suas casas e atravessaram a fronteira para o Bangladesh
o número mínimo de pessoas que foram mortas, segundo o Governo birmanês
edíficios, incluindo escolas e mesquitas, foram destruídos no último trimestre de 2016
aldeias devastadas em Rakhine entre 25 de Agosto e 25 de Setembro