Atentado contra mesquita sufi no Sinai mata 235 pessoas

As forças de segurança do Egipto lutam na região contra as forças do grupo extremista Daesh.

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EPA

Um grupo de atacantes fez explodir uma bomba e disparou numa mesquita sufi do Sinai, no Norte do Egipto, matando pelo menos 235 pessoas e ferindo cerca de cem. O atentado não foi reivindicado, mas trata-se de uma região onde estão implementados grupos radicais, entre eles o Daesh, que considera que os sufis são apóstatas (pertencem a um ramo místico do islão e veneram santos).

As testemunhas citadas pela Reuters disseram que há grande movimentação de ambulâncias junto à mesquita Al Rawdah, na povoação de Bir al-Abed, a oeste da cidade de Arish.

Segundo a agência de notícias egípcia MENA, o Presidente Abdel Fattah al-Sissi convocou uma reunião de emergência do conselho de segurança egípcio. 

As autoridades do Egipto lutam contra as forças do grupo extremista Daesh no Sinai (que faz fronteira com Israel e a Arábia Saudita), onde centenas de polícias e soldados foram mortos pelos jihadistas nos últimos três anos. O grupo tenta progredir para outras zonas do Egipto. Foi com a chegada de Sissi ao poder que a violência escalou na já muito volátil região do Norte do Sinai, que se estende do Canal do Suez até à Faixa de Gaza.

Apesar de os polícias e militares serem os principais alvos do Daesh naquela região, o grupo também tem atacado igrejas cristãs egípcias e peregrinos.

Segundo disse um comerciante de Bir al-Abed ao jornal The Guardian, foi ouvida uma grande explosão seguida de barulho de tiros. O comerciante chegou ao local do ataque e viu bocados de corpos, pelo menos 20.

Outro residente disse à Reuters que os atacantes dispararam contra as pessoas que fugiam da mesquita e também contra as ambulâncias que entretanto iam chegando.

O ataque teve lugar dias antes do festival anual que celebra o nascimento do profeta Maomé, e quando as mesquitas sufi realizam celebrações em todo o Egipto.

O ataque foi condenado em todo o mundo e por todos os líderes. Da Rússia, o Presidente Vladimir Putin enviou condolências a Sissi. O francês Emmanuel Macron condenaram o atantado na mesquita de Arish. Donald Trump escreveu no Twitter: "Ataque horrível e cobarde contra crentes inocentes no Egipto. O mundo não pode tolerar o terrorismo, temos que o derrotar militarmente e desacreditar a ideologia extremista que é a base da sua existência".

Omã, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Líbano condenaram também o ataque durante as orações de sexta-feira.

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