A votação nas propostas do Orçamento Participativo, iniciada a 17 de Outubro, termina nesta quarta-feira após um mês em que os lisboetas puderam votar mas sete meses depois do início da edição e da apresentação das propostas preliminares.

Foram 434 ideias que chegaram e 128 as que foram a votos naquela que é a décima edição do Orçamento Participativo de Lisboa, que pretende convidar os cidadãos a participar activamente na dinâmica do município, sugerindo algumas aplicações para uma parcela do orçamento da câmara de Lisboa.

O orçamento é 2,5 milhões de euros, à semelhança dos anos anteriores, o que levará à concretização de pelo menos 12 propostas nas mais variadas categorias, desde reabilitação urbana e espaço público, estrutura verde, ambiente e energia e infra-estruturas viárias ou mesmo mobilidade e transportes.

Entre os propostas apresentadas pelos lisboetas estão várias ciclovias (na zona do Campo Grande por exemplo), parques caninos em diversos pontos da cidade ou requalificações de espaços específicos como é o caso da Avenida dos Condes de Carnide ou reparação dos passeios da calçada da Glória. Também há uma piscina no Tejo e um monumento aos escravos.

Ao longo de todas as edições, os cidadãos apresentaram um total de 5770 propostas, das quais 1829 foram a votação. Os munícipes já elegeram 105 vencedores, como é o caso das ciclovias em Campolide e Belém ou a criação da incubadora de empresas StartUp Lisboa, que resultaram numa alocação total de 31,3 milhões de euros.

No entanto, verifica-se que os projectos demoram a ser concretizados já que em Abril de 2017 ainda existiam projectos de 2009 em obra, em estudo ou mesmo em fase de contratação como era o caso da criação de um parque infantil e quiosque na Praça João Bosco, na Estrela.

Perto do fecho da edição, as propostas contavam com um total de perto de 30.000 votos, um número significativo já que o total de votos das 10 edições perfaz os 230 mil.

Texto editado por Ana Fernandes