Em Coimbra, a circulação dos troleicarros foi interrompida por uma rotunda

Câmara diz que está a levar a cabo a manutenção da rede de tracção dos veículos eléctricos.

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CARLA CARVALHO TOMAS / PUBLICO

Há meses que os troleicarros dos transportes públicos não circulam nas ruas de Coimbra. O motivo? A construção da rotunda do Arnado, um dos principais pontos de passagem dos transportes públicos da cidade, uma obra que começou em Dezembro de 2016 e foi até ao Verão. A transformação do cruzamento que havia naquela zona da cidade numa rotunda impediu os tróleis dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) de continuarem a utilizar as linhas de alimentação eléctrica suspensas, situação que se mantém.
 

A informação foi avançada pelo site Notícias de Coimbra e confirmada pelo PÚBLICO junto da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). A autarquia diz que aproveitou a interrupção para fazer a manutenção da rede de tracção das viaturas e, por isso, a circulação ainda não foi reposta.
 

A requalificação daquele ponto do Arnado, um dos principais pontos de acesso ao centro da cidade, custou 470 mil euros e implicou o alargamento de passeios e a transformação de um nó rodoviário com semáforos numa rotunda, na qual foi colocada em Agosto uma estátua que custou 27 mil euros à autarquia. Os cabos de tracção dos tróleis não foram adaptados à circulação durante a empreitada.
 

Entretanto, os veículos eléctricos aguardam o regresso ao serviço. Enquanto isso não acontece, a câmara garante que as linhas onde circulavam estes veículos estão a ser asseguradas por autocarros normais.
 

A rede de alimentação eléctrica está agora em manutenção. Em comunicado, o município de Coimbra faz saber que trinta postes que sustentam a tracção eléctrica dos troleicarros começaram a ser substituidos nesta segunda-feira, numa intervenção que custa aos SMTUC 60 mil euros mais IVA. A necessidade da susbtituição foi identificada no decorrer de um levantamento levado a cabo pela empresa de transportes municipal.

 

Só após a conclusão desta operação é que este veículos dos SMTUC vão voltar a circular na cidade. Para já, a câmara não aponta uma data.
 

A CMC lembra que a operação em curso é mais um investimento na rede de transportes públicos, uma vez que a autarquia gasta “cerca de 9 milhões de euros anuais para assegurar o custo social dos transportes, permitindo, assim, que o valor que os utentes pagam se mantenha inferior ao custo real das viagens”. Do total deste valor, cerca de 80% é injectado directamente nos SMTUC pela CMC, sendo que o restante proveniente da receita dos parques de estacionamento. A frota dos transportes públicos de Coimbra é composta por 141 veículos com uma média de idades de 13 anos.<_o3a_p>

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