O Governo vai lançar o concurso para locação de meios aéreos para combate aos fogos do próximo ano nas próximas semanas. Mas será um concurso em tudo diferente daquele que foi feito pelo anterior Governo em 2013, incluindo na duração.

Depois dos incêndios deste ano, o primeiro-ministro António Costa decidiu passar a gestão dos meios aéreos para as mãos dos militares, mas não será essa a única alteração. Tendo em conta que as circunstâncias dos próximos anos poderão ser imprevisíveis, o Ministério da Administração Interna está a "ponderar a duração adequada dos contratos", que actualmente são de quatro anos, confirmou ao PÚBLICO o gabinete de Eduardo Cabrita.

Em Outubro de 2013, o Governo de Passos Coelho lançou um concurso internacional, com cinco lotes de contratos, para locação de meios aéreos, que terminaram entre 30 de Setembro e meados de Outubro, tal como o PÚBLICO noticiou. Quatro anos depois, Outubro já lá vai, mas o Ministério da Administração Interna garante estar "dentro do prazo". 

O novo concurso terá a chancela quer do Ministério da Administração Interna quer do Ministério da Defesa Nacional e só deverá ficar fechado nas próximas semanas, depois de 15 de Novembro. Até essa data, estão em vigor os contratos extraordinários de aeronaves assinados já pelo ministro Eduardo Cabrita e que dizem respeito a um reforço de 17 meios aéreos de combate a incêndios (13 helicópteros ligeiros e quatro aviões médios anfíbios).