Puigdemont intimado a depor na Audiência Nacional na quinta-feira
Caso o antigo presidente da Generalitat não comparecer será emitido uma ordem de prisão europeia.
O presidente destituído da Generalitat, Carles Puigdemont, foi chamado a depor na Audiência Nacional, em Madrid, na quinta-feira, bem como todos os membros do governo catalão destituído.
A ordem foi dada pela juíza Carmen Lamela, significando que a Audiência Nacional aprovou o processo apresentado pela procuradoria-geral, que acusou os políticos catalães dos crimes de rebelião, sedição e desvio de fundos. Caso Puigdemont, que se encontra na Bélgica, não compareça na audiência será emitido uma ordem de prisão europeia.
Como os acusados são elementos da autoridade, podem ser condenados a penas de prisão entre os 15 e os 30 anos. Para além de Carles Puigdemont e do seu vice-presidente, Oriol Junqueras, são acusados os outros 13 conselheiros (ministros) destituídos, incluindo Santi Villa, que se demitiu na véspera da declaração de independência.
Se Puigdemont comparecer na audiência na quinta-feira, e se for considerado que há risco de fuga, a fiança, se lhe for concedida, será de seis milhões de euros. Pode sempre ser considerado que esse risco obriga a prisão preventiva.
Dos mesmos crimes estão acusados a presidente do Parlamento dissolvido, Carme Forcadell, e os cinco membros da Mesa do Parlamento, por terem permitido que se introduzisse na agenda parlamentar a resolução onde se declarava “a proclamação da República”. São 20 pessoas ao todo.
Estes últimos responsáveis serão ouvidos também nesta semana mas no Supremo Tribunal espanhol.