Fundação EDP vai lançar uma revista

Publicação será dedicada ao pensamento e à cultura contemporâneos. Título e conteúdos estão ainda em segredo. Terá quatro números por ano e edição em português e inglês.

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Cartaz do Maio de 68, um dos temas "apetecíveis" que a nova revista pode vir a tratar Biblioteca Nacional de França

Vai ser uma revista de pensamento, análise e crítica cultural, com textos em português e em inglês e de periodicidade trimestral, feita para quem gosta de “leituras longas” e de “outras maneiras de olhar o mundo”, que não cabem na informação diária que chega de todo o lado. Assim descreve José Manuel dos Santos, um dos administradores, o projecto editorial que a Fundação EDP está a preparar e cujo primeiro número deverá sair no Inverno (sim, será uma publicação ao ritmo das estações do ano).

Para já, o nome da revista e o primeiro tema que deverá tratar ainda são segredo. “É uma revista de cultura contemporânea em que a filosofia, as artes visuais, as ciências humanas e exactas, e a crítica de livros terá um espaço privilegiado”, disse ao Ípsilon este administrador ligado aos projectos culturais da fundação, logo a seguir a uma conferência de imprensa em Lisboa em que se fez o balanço de um ano de actividade do MAAT, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, admitindo que há nela uma “ambição internacional” que a edição bilingue denuncia, mas que não fica por aí: “A cada número, queremos ter pensadores portugueses e estrangeiros, autores que nos permitam apresentar um tema ou trabalhar determinado momento histórico sob vários pontos de vista e com um certo recuo em relação à imediatez jornalística.”

Sem ser taxativo em relação ao que poderá vir a estar no menu desta revista que terá entre 150 e 200 páginas, José Manuel dos Santos lembra que há “assuntos muito apetecíveis”, como a Revolução Russa ou o Maio de 68, que, naturalmente, podem e devem ser lidos à luz do contexto actual, “garantindo uma pluralidade de escolas de pensamento, a nível ideológico-político e não só”.

 De futuro, a nova revista, que a cada número convidará  um artista visual, poderá também vir a associar-se a conferências. “Não queremos uma revista académica, queremos algo apelativo em que as pessoas tenham vontade de pegar porque o design atrai e os temas também.”

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