É o rock'n'roll, senhoras e senhores: venha daí o Barreiro Rocks e o Black Bass
Em Novembro, o Barreiro e Évora acolhem dois festivais onde o rock'n'roll respira como se quer: vivíssimo e bem próximo de nós. Fai Baba, The Cavemen, Mighty Sands, Twist Connection ou Iguana Death Cult serão alguns dos protagonistas
Preparem-se que o rock’n’roll está a chegar (outra vez). Claro que o rock’n’roll não para, como sabemos - ele está sempre no meio de nós. Mas, em Novembro, haverá duas concentrações a aproveitar devidamente. Primeiro o Barreiro Rocks, dias 3 e 4, na sua casa histórica, o pavilhão do Grupo Desportivo “Os Ferroviários”. Depois, entre 16 e 18 de Novembro, chegará a quarta edição do Black Bass, o festival organizado pela promotora/editora Pointlist.
O Barreiro Rocks, celebração do rock’n’roll como festa popular com mais de uma década de história para contar, começa por se apresentar no Grupo Desportivo Pisoense, em Alcobaça, dia 31 de Outubro - os barreirenses Act-Ups, banda ícone da editora Hey! Pachuco, responsável pela organização do festival, juntam-se aos Geek Dadies para anunciar o que se seguirá. E o que se seguirá, já no Barreiro, será o garage punk sem floreados dos londrinos Johnny Throttle e o embalo hipnótico dos lisboetas Mighty Sands (actuam dia 3, o mesmo dia em que veremos Samesugas, The Brooms, El Señor, DEBUT! e Mr. Gallini, alter-ego a solo do baterista dos Stone Dead). Será, dia 4, o punk como movimentação subterrânea lo-fi dos neo-zelandeses The Cavemen ou o rock’n’roll elegante, mas bem suado, dos conimbricenses Twist Connection, que também estarão no Pointlist (partilham cartaz com os Stone Dead, The Dirty Coal Train, Tracy Lee Summer, Moon Preachers e o encontro Cave Story + Duquesa + Ra Fa El).
No último dia de festival, haverá também direito a matiné, protagonizada pelo one man band Little Orange (17h, no Custom Kulture Garage), e antes, dia 1 de Novembro, será exibido no Páteo Albers Dança Camarra, documentário sobre a história da música no Barreiro realizado por Eduardo Morais.
Duas semanas depois, a Sociedade Harmonia Eborense e o SOIR - Joaquim António D'Aguiar serão palco de um festim de rock’n’roll, de garage-rock, de psicadelismo com olho na canção e psicadelismo a pedir viagem para outra dimensão. O quarto Black Bass apresenta-se a 16 de Novembro, arranca a todo o gás dia 17 e prolonga-se até dia 18. Ao longo dos três dias, assistiremos ao regresso de Fai Baba, ou seja, Fabian Sigmund, suíço radicado em Nova Iorque que passou em Portugal em Julho (actuou no festival Rodellus, em Ruílhe, Braga), e que é autor de um psicadelismo de vistas amplas, onde tanto cabe a cantautoria límpida de um Mac DeMarco como os planares bucólicos dos californianos da década de 1960 ou blues enviado para a estratosfera (Fai Baba apresentar-se-á também em Lisboa, no Musicbox, dia 16, com os Miami Flu na primeira parte, no Porto, no Maus Hábitos, dia 17, e no Texas Bar, em Leiria, dia 19).
Ao longo dos três dias, far-se-á a festa com os muito efusivos Kings of The Beach, vindos de Vigo, comprovaremos que Iguana Death Cult é baptismo muito adequado para a banda holandesa que se estreou este ano em longa-duração com The First Stirrings of Hideous Insect Life (actuarão também no Espaço A, em Freamunde, dia 19, e no Musicbox, dia 20) e ainda teremos oportunidade de ver Chinaskee & Os Camponeses continuar a apresentação do álbum de estreia, Malmequeres. O cartaz completa-se com os Whales, The Twist Connection, The Miami Flu, Ratere, Panado, Toulouse, Mr. Gallini, El Señor e Veenho.