"Pedrógão pode não ser caso isolado", diz Xavier Viegas

O professor especialista em comportamentos do fogo diz que incêndios de domingo e segunda-feira mostram um “país vulnerável”.

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Daniel Rocha

Domingos Xavier Viegas vê nos incêndios que começaram no último domingo uma repetição do que aconteceu em Pedrógão Grande e defende que o país não pode ficar de braços cruzados. “Estes incêndios demonstram que Pedrógão pode não ser um caso isolado”, disse em conversa com o PÚBLICO.

O professor de Coimbra entrega esta segunda-feira à tarde o estudo que fez nos últimos quatro meses sobre o incêndio de Pedrógão Grande. Salientando que não conseguiu ainda inteirar-se do que aconteceu no domingo, acredita que o país está a reviver o que aconteceu em Pedrógão, apesar das diferenças em termos da quantidade de grandes fogos a lavrar ao mesmo tempo (só no domingo houve 525 ingnições e esta segunda-feira às 13h havia 51 fogos activos, 34 de grandes dimensões). “São invulgares e improváveis, mas é um conjunto de circunstâncias que pode repetir-se”, refere.

“Infelizmente estamos numa situação semelhante à de Pedrógão nas consequências. Temos de tirar lições, mas também não é em três meses que se faz isso”, diz. “Temos de mudar muita coisa no modo como as pessoas encaram estas circunstâncias”, acrescenta.

O estudo da equipa do professor Domingos Xavier Viegas sobre o comportamentos dos incêndios de Junho será entregue no Ministério da Administração Interna.

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