O Governo promete criar em 2018 um fundo ligado ao Turismo de Portugal que traga a realização de filmes e grandes eventos internacionais para o país. Nada é dito sobre os valores em causa, nem a sua proveniência.

De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2018, o fundo tem como objecto “o apoio a acções, iniciativas e projectos que contribuam para o reforço do posicionamento do país enquanto destino turístico, para a coesão do território, para a redução da sazonalidade e para a sustentabilidade do turismo”.

Além de pretender chegar a esse objectivo com acções como a captação de eventos internacionais (um exemplo emblemático é o da Web Summit, conseguido ainda no anterior executivo) e de filmagens, pretende-se desenvolver também “instrumentos de engenharia financeira para apoio às empresas de turismo”.

A ideia de promover o país como destino de filmes (nomeadamente pela exposição solar ao longo do ano) não é nova, mas o certo é que o actual executivo volta à carga.  Na Estratégia para o Turismo 2027, aprovada recentemente em Conselho de Ministros, o Governo já destacara, num dos grandes eixos do plano, a vontade de avançar com “acções para a afirmação de Portugal como um destino internacional para a produção de filmagens”. Além disso, destacava-se a “dinamização de fundo de apoio à captação de congressos e eventos internacionais”.

Esta sexta-feira, o Governo emitiu um comunicado onde dá nota de que a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, inicia domingo uma viagem oficial aos Estados Unidos e ao Canadá.

Em Nova Iorque, diz a nota do executivo, Ana Mendes Godinho terá, entre outras iniciativas, “um encontro com produtores de cinema no sentido de, à semelhança do que aconteceu na Índia, na China e na Coreia, promover Portugal como destino de filmagens”.