Candidatura do Porto a sede da EMA recebe elogios de vários eurodeputados

Personalidades da sociedade civil do Porto participaram em várias iniciativas promovidas pelo grupo parlamentar do PSD.

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Porto como sede da EMA agrada a alguns eurodeputados do PPE e não só Adriano Miranda

Vários eurodeputados do Partido Popular Europeu (PPE) e também do grupo dos conservadores e reformistas europeus elogiaram esta quarta-feira a candidatura do Porto a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), num encontro promovido pelo eurodeputado Paulo Rangel no âmbito de uma “acção de lobbying destinada a apoiar a candidatura portuguesa.

O presidente e o vice-presidente do grupo parlamentar do PPE, Manfred Weber e Alain Lamassoure, manifestaram o seu apoio à candidatura portuense, o mesmo acontecendo com os eurodeputados Dubravka Suica, da Croácia, Anfrey Kovatchev, da Bulgária, e o conservador polaco Kazimierz Ujazfowski.

Por seu lado, o vice-presidente do grupo parlamentar espanhol, Esteban Gonzalez, chegou mesmo a dizer que na altura da votação o Porto seria a sua segunda opção, depois de Barcelona, que também está na corrida para a sede da EMA. No seu caso, precisou, Barcelona receberia a votação máxima (três votos) e o Porto teria dois votos.

A declaração deste eurodeputado surpreendeu cada um dos convidados que participaram, no Parlamento Europeu, num encontro onde estavam vários reitores do Porto, entidades académicas e representantes de instituições culturais, que se encontram em Bruxelas a convite do grupo parlamentar do PSD.

No final da reunião, o social-democrata Paulo Rangel mostrou-se reconfortado com o apoio dos seus pares e arriscou mesmo dizer que depois de “dois grandes feitos da diplomacia portuguesa” que permitiram a Portugal ter Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia e mais recentemente eleger António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas, "é possível um terceiro feito”.

“Se olharmos para Viena, Amesterdão ou Milão, objectivamente, têm condições, atractividade e notoriedade que, à partida, as pessoas não reconheceriam ao Porto. Só se não houver um consenso claro à volta de uma destas cidades e houver um impasse é que nós poderemos passar uma nova fase e é aí que o Porto tem de jogar”, defendeu o eurodeputado no final de um encontro no Parlamento Europeu.

Já Ricardo Valente, da comissão da candidatura do Porto a receber a sede da EMA, disse que esta é a fase de “mostrar aos decisores finais, em Bruxelas, aquilo que são as valências do Porto do ponto de vista da Agência Europeia do Medicamento”. ”O próximo mês é para trabalhar junto dos decisores finais e dar a conhecer a parte menos conhecida, que tem a ver com health cluster e as universidades do Porto e região”, defendeu Ricardo Valente, frisando que o “Porto passou todos os requerimentos e não tem fragilidades”.

O médico Eurico Castro Alves, da comissão de candidatura, disse que o “Porto passou a sua mensagem, acabando com o mito de que não cumpre os requisitos”. “Falámos com pessoas que são estratégicas para a decisão final porque são influenciadores. Passámos a nossa mensagem e provámos e demonstrámos que o Porto cumpre os requisitos todos”, sublinhou pedindo que a partir de agora se fale muito do Porto.

“O Porto tem de ser conhecido na Europa, tem de se saber que o Porto cumpre os critérios técnicos de que é uma grande cidade”, disse, elogiando todo o trabalho que a diplomacia portuguesa tem vindo a fazer no sentido de capitalizar apoios para o Porto na hora em que a União Europeia decidir para onde vai a EMA.

*O PÚBLICO viajou para Bruxelas a convite da bancada do PSD no Parlamento Europeu

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