Soflusa pede paciência aos passageiros

Face aos constrangimentos da frota e circulação dos últimos dias, a empresa pede compreensão aos seus passageiros de modo a evitar situações que coloquem os utentes em perigo e que tentem evitar a hora de ponta.

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DRO DANIEL ROCHA

Depois de mais uma manhã conturbada na estação do Barreiro, em que a afluência de passageiros que se viram sem transporte para realizar a travessia para Lisboa acabou em nova confusão, com barreiras derrubadas e passageiros a sentirem-se mal depois de serem apanhados no turbilhão, a Soflusa convocou uma conferência de imprensa para explicar os constrangimentos por que está a passar e pedir paciência aos passageiros.

“Nas horas de ponta da manhã e da tarde necessitamos, em permanência de ter seis navios a fazer esta ligação”, começou por explicar, Marina Ferreira, presidente da empresa desde o início de 2017. Mas, de momento, a oferta da empresa para esta travessia está limitada a quatro dos seis navios necessários na hora de ponta, o que coloca a Soflusa em limite estrutural.

“Infelizmente, devido às contenções financeiras dos últimos anos, a reparação e manutenção da frota caiu para níveis preocupantes e por isso temos vindo ao longo deste ano, a tentar recuperar deste atraso”, adiantou a presidente.

 A frota é composta por oito navios no total mas vive-se um período de transição já que dois estão prestes a sair do estaleiro enquanto que outros dois vão parar para também ser reparados. As intervenções necessárias demoram dois a três meses e o seu arranque esteve dependente de verbas disponibilizadas pelo governo, que chegaram este ano.

“A empresa está a tentar, com toda a flexibilidade, e com o apoio e colaboração dos seus trabalhadores, optimizar estes quatro navios”, declarou Marina Ferreira. Foi isso que se tentou fazer na manhã desta terça-feira, acrescentou.

No total de 20 carreiras previstas entre as 6h e as 9h da manhã, foram executadas 17 e na hora de ponta, das 8h às 9h, foram cumpridas sete das nove normalmente executadas.

A Soflusa não se mostra orgulhosa destes números, e continua a lamentar o sucedido. Resta-lhes pedir compreensão e mudança de hábitos: “Apelamos que tentem organizar as suas deslocações ao longo da próxima semana, antecipando as mesmas para antes das oito da manhã ou atrasando-as, para depois das nove.”

Durante a semana, e em especial a esta hora, continuarão a haver falhas e, por isso, de modo a evitar mais incidentes, foi pedida compreensão por parte dos passageiros.

O navio Damião de Góis está na iminência de sair dos estaleiros de Peniche, enquanto que a embarcação Jorge Sena espera apenas a verificação do casco e o consequente certificado de navegabilidade para voltar a estar operacional.

A empresa espera, tal como já tinha anunciado, que estas embarcações estejam operacionais no final desta semana, mas alerta ainda que a Transtejo poderá também ter falhas nas carreiras caso haja algum problema na frota. Ambas as empresas estão sem capacidade de resposta para a  procura.

Texto editado por Ana Fernandes

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