Incêndio com cinco frentes obriga a evacuar cinco aldeias em Arganil e Pampilhosa da Serra
Fogo começou de madrugada em Pampilhosa da Serra e está a ser combatido por 355 homens. Situações em Ribeira de Pena e Amarante também preocupam Protecção Civil.
Um incêndio de grandes proporções obrigou à evacuação de cinco aldeias nos concelhos de Arganil e Pampilhosa da Serra, entre a madrugada e a manhã deste domingo, avança ao PÚBLICO fonte da Protecção Civil. As autoridades dizem que é ainda imprevisível saber quando será possível dominar a situação dada a sua “severidade”. O fogo, que começou por voltas das 23h30, tem cinco frentes activas e está a ser combatido por 355 bombeiros.
As chamas deflagraram de noite no concelho de Pampilhosa da Serra e avançaram rapidamente. Cerca das 5h, as aldeias de Ribeiro, Teixeira e Água de Alte foram evacuadas por precaução. Durante a manhã, também as populações de Porto Castanheiro e Parrozelos, já no concelho de Arganil, foram retiradas de suas casas pelas autoridades, antecipando o avanço do fogo. Também duas estradas nacionais, a EN 508 e a EN 504, tiveram que ser cortadas ao trânsito.
O incêndio lavra “numa zona de povoamento misto e mato” com “elevada densidade de combustível”, explica ao PÚBLICO o comandante de serviço da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Pedro Araújo. “Há muito disponível para arder”, sublinha o mesmo responsável. Os ventos fortes que se fazem sentir e as altas temperaturas estão também a facilitar a propagação do incêndio.
Cinco meios aéreos de combate
O fogo de Pampilhosa da Serra tem “alguma severidade” e não permite à Protecção Civil antecipar “a hora que será possível dar a situação como dominada”, acrescenta Pedro Araújo. As chamas têm cinco frentes activas, uma das quais virada ao concelho de Arganil. No local estão 355 bombeiros e 108 viaturas. A Protecção Civil mobilizou também cinco meios aéreos de combate a incêndios para apoiarem as operações.
O incêndio de Pampilhosa da Serra não é o único que inspira especiais cuidados da parte da Protecção Civil. Há fogos em Ribeira de Pena e Amarante que também estão a mobilizar muitos meios de combate neste domingo. No primeiro caso, os “ventos muito fortes” e “acessos difíceis aos meios terrestres” dificultam o trabalho dos 65 homens no local, que estão a ser apoiados por 20 viaturas e dois aviões. Há também dois meios de combate aéreo a incêndios em Amarante, numa operação com duas frentes, que lavra numa zona de mato. Estão no local 73 bombeiros.