Elas passam a ganhar o mesmo que eles na selecção norueguesa
Igualdade de rendimentos será conseguida com parte das receitas comerciais dos atletas que jogam pelas selecções masculinas.
A federação noruguesa de futebol vai passar a pagar o mesmo valor a homens e mulheres que representem as cores nacionais integrados nas selecções, pondo fim a uma discriminação salarial que afectava negativamente as mulheres.
De acordo com a agência Reuters, o acordo agora anunciado levará a federação a pagar às atletas da selecção feminina o mesmo que actualmente paga aos membros da selecção masculina, sendo que estes farão uma contribuição financeira para elevar as remunerações das mulheres. Este dinheiro virá dos direitos comerciais cobrados pelos futebolistas internacionais quando ao serviço da selecção masculina, acrescenta a mesma agência de notícias.
Em declarações ao diário inglês The Guardian, o presidente do sindicato dos futebolistas noruegueses, Joachim Walltin, salientou que os efeitos positivos deste acordo agora alcançado estendem-se muito para além da questão financeira: "O sentimento de ser realmente respeitado é muito importante para elas. A federação pode olhar para esta medida como um investimento na qualidade da equipa feminina", sustentou Walltin.
O mesmo responsável sublinhou ainda o facto de a Noruega ser o primeiro país a igualar as retribuições das mulheres que joguem pela selecção às que são pagas aos homens das selecções masculinas. "Na Dinamarca ainda estão a negociar e nos EUA as coisas já melhoraram, mas deveremos ser o único país onde elas passam a ser tratadas em plano de igualdade", frisou.
A iniciativa mereceu de imediato elogios por parte de algumas das futuras beneficiárias. Caroline Graham Hanses, internacional noruguesa que alinha nos alemães do Wolfsburgo, publicou uma fotografia da selecção masculina, com um grande agradecimento: "Obrigado por terem dado este passo."