Actividade sísmica na Coreia do Norte pode ter causas naturais
A agência que monitoriza actividade nuclear mundial detectou duas actividades sísmicas, a segunda poderá ser uma réplica.
A agência que monitoriza a actividade nuclear mundial CTBTO anunciou que detectou duas actividades sísmicas na Coreia do Norte mas que provavelmente não foram explosões deliberadas - a segunda pode ter sido uma réplica.
Foi o Governo chinês quem anunciou a ocorrência de um sismo de magnitude 3,4 na escala de Richter na Coreia do Norte, acrescentando que suspeitava de "explosão". Receava que Pyongyang tivesse realizado neste sábado mais um teste com uma bomba nuclear.
Num comunicado, o departamento chinês responsável pela detecção de sismos disse que foi registado um sismo à superfície por volta das 9h30 (hora de Lisboa).
Outros sismos na Coreia do Norte foram provocados por testes nucleares, mas têm tido magnitudes superiores. O mais recente deles aconteceu Setembro e fez aumentar a tensão no Sudeste Asiático.
O sismo foi detectado em Kilju, na província de Hamgyong, onde se situa o local de testes nucleares Punggyeri, de acordo com a agência meteorológica da Coreia do Sul.
Segundo a primeira análise desta agência aos dados referentes ao sismo mostram também que foi de origem natural já que não foram detectadas ondas sonoras específicas de sismos causados por actividade humana.
A Xinhua, agência noticiosa chinesa, disse que o epicentro do sismo foi a 50 km do local do sismo de 3 de Setembro, que se verificou depois ter sido provocado pelo sexto ensaio nuclear da Coreia do Norte.
Não houve ainda uma reacção imediata do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Ri Yong Ho, que está neste momento em Nova Iorque onde participa na abertura da Assembleia Geral. Na quarta-feira, o ministro avisou que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, poderia considerar fazer um ensaio nuclear a uma escala sem precedentes no oceano Pacífico.