Facebook vai entregar ao Congresso anúncios comprados por russos antes das eleições
Mark Zuckerberg anunciou também novas regras sobre a divulgação de anúncios políticos na rede social.
O Facebook anunciou nesta quinta-feira que vai partilhar com o Congresso norte-americano os cerca de 3000 anúncios publicados na rede social que tiveram origem na Rússia e que circularam nos meses que antecederam as eleições presidenciais dos Estados Unidos.
O anúncio foi feito pelo presidente e fundador da rede social, Mark Zuckerberg, numa altura em que o Facebook tem sido alvo de cada vez maior pressão por ter sido, aparentemente, um meio para a manipulação eleitoral.
Além disso, Zuckerberg detalhou nove passos que serão aplicados pela rede social para impedir governos de interferir em eleições nacionais, dá conta a Reuters. Uma das maiores alterações será tornar os anúncios políticos mais transparentes, para que os utilizadores saibam que anúncios estão ligados a uma eleição. Ou seja, o conteúdo trará consigo a informação sobre que campanha ou organização pagou pela publicidade.
No início deste mês, o Facebook anunciou que durante quase dois anos houve anúncios facciosos (alguns com origem na Rússia) a circular na rede social, sobretudo nos EUA, o que voltou a acender a polémica sobre a ingerência russa nas eleições norte-americanas do ano passado: a empresa confirma que houve uma operação em que foram gastos cerca de 100 mil dólares (84 mil euros) em milhares de anúncios que divulgavam informação falsa sobre temas como a imigração ou os direitos humanos, entre Junho de 2015 e Maio deste ano. As 470 contas e páginas responsáveis, consideradas “inautênticas”, foram suspensas.