Porto Rico refugia-se para suportar Maria, o furacão mais grave em 90 anos

Tempestade de categoria 4, com ventos na ordem dos 250 Km por hora, começou atravessar a ilha que é território dos EUA.

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O vento em San Juan, Porto Rico THAIS LLORCA/EPA

Depois de passar pelas ilhas de Dominica, Guadalupe e Martinica, o furacão Maria chegou a Porto Rico. Tocou terra perto da cidade de Yabucoa, na costa Sudeste, segundo o Centro Nacional de Furacões norte-americano (NHC, na sigla inglesa). Os serviços de meteorologia alertam para o perigo de inundações e foram criados cerca de 500 abrigos para quem foge da tempestade.

O furacão está a cerca de 30 km da capital San Juan, com ventos na ordem dos 230 km/hora. Segundo o NHC, o furacão está a dirigir-se para noroeste, a uma velocidade de cerca de 19 km/hora, devendo atravessar a ilha de três milhões de habitantes. 

Mas como o furacão destruiu o radar do NHC em Porto Rico, as actualizações já não se estão a fazer de hora a hora, disse o meteorologista John Morales ao jornal Nuevo Dia.  Cerca de 90% da ilha ficou sem electricidade, diz o mesmo jornal, citando o governador Ricardo Rossello.

“O Maria passou de uma mera depressão tropical para um furacão de categoria 5 – o mais grave da escala em apenas dois dias e meio”, disse ao Washington Post  Mark DeMaria, actual vice-director do NHC. “Não encontrei nos nossos registos nenhum outro ciclone tropical que o fizesse tão rapidamente”, explicou. Esta é a principal característica dos furacões do Atlântico este ano: a rapidez com que se transformam em enormes e poderosas tempestades, graças à alta temperatura das águas.

Na sua passagem pela ilha de Dominica, o Maria terá feito sete mortos, noticiou a agência Associated Press, um conselheiro do primeiro-ministro deste país das Caraíbas. Em Guadalupe, terá morto pelo menos duas pessoas.

O furacão Maria baixou de intensidade nesta quarta-feira, passando da categoria 5 para a categoria 4, mas continua a ser considerado “extremamente perigoso” pelo NHC. "Nunca tivemos uma tempestade desta magnitude na nossa história recente", afirmou o governador de Porto Rico.

Face aos avisos, as autoridades do território abriram centros de acolhimento e ordenaram a evacuação obrigatória de vários municípios da ilha. O furacão Maria chegou a Porto Rico dias depois de a região ter sido afectada pelo furacão Irma, que matou três pessoas e deixou mais de metade da ilha sem electricidade. 

 

 

 

 

 

 

 

 

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