Mo Farah e Joyciline Jepkosgei em evidência na estrada

Great North Run levou milhares de pessoas para a rua.

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A Great North Run levou para a estrada mais de 43 mil pessoas LUSA/Zoltan Balogh

A poucos dias da realização da maratona de Berlim, que promete um ataque em força ao recorde mundial masculino, as provas de atletismo em estrada tiveram um fim-de-semana quente, com a disputa da Great North Run, considerada a maior meia maratona mundial, e a obtenção de um novo recorde mundial feminino nos 10km.

Na 37.ª edição da Great North Run, que teve mais de 43 mil participantes - além de uma verdadeira multidão nas bermas das estradas, em especial em South Shields, no final da corrida - o britânico Mo Farah fazia a sua reaparição competitiva depois da sua despedida das pistas, após os Campeonatos Mundiais de Londres. E, para não variar, venceu, o que aconteceu pelo quarto ano consecutivo, facto inédito. Farah denotou alguma dificuldade em aguentar o ataque decisivo, a 4 milhas do final, do neo-zelandês Jake Robertson, atleta este ano vencedor da Meia Maratona de Lisboa, em Março, mas conseguiu manter-se colado a ele e no final o seu sprint voltou a fazer a diferença. Farah disse ter-se sentido candado, devido talvez a alguma falta de treino a seguir ao términus da Liga Diamante, mas sabia que não deixar fugir Robertson seria um passo decisivo para ganhar. O britânico garantiu ainda que o seu próximo objectivo será a maratona de Londres, em Abril de 2018. Cansado ou não, o seu tempo final de ontem foi de boa qualidade, com 60m06s, tendo Robertson (que fizera 60m01s em Lisboa) ficado com 60m12s, muito adiante do etíope Feyisa Lilesa, terceiro com 61m32s. Desde 2011 que Jake Robertson não vencia o seu irmão gémeo Zane Robertson, recordista da Oceânia com 59m47s, mas isso aconteceu ontem, dado este ter sido quarto com 61m42s.

No lado feminino, a queniana Mary Keitany deu mais um recital para terminar com 65m59s a sua terceira vitória no evento, e uma vantagem gigante sobre as suas compatriotas Vivian Cheruiyot, a campeã olímpica dos 5000m (67m44s) e Caroline Kipkirui (69m52s).

Entretanto, sábado, em Praga, a também queniana Joyciline Jepkosgei, de 23 anos de idade (nascida a 8 de Dezembro de 1993), tornou-se a primeira mulher a correr os 10km em estrada em menos de 30 minutos, e por larga margem, com o tempo de 29m43s. Esta marca bate a que a mesma atleta havia conseguido na capital checa a 1 de Abril passado, com 30m04s, e isso na passagem para o seu recorde mundial da meia maratona, obtido com 64m52s.

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