Incêndio na Sertã corta IC8 e ameaça várias aldeias

Fogo é "bastante complexo" mas está a reduzir de intensidade. Ao final do dia, as chamas entraram no concelho de Proença-a-Nova.

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LUSA/PAULO CUNHA

O incêndio que lavra no concelho da Sertã aproximou-se de várias aldeias e obrigou ao corte do Itinerário Complementar (IC) 8, entre os nós de Várzea de Cavaleiros e Maljoga, durante a tarde de domingo, indicou a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Ao final do dia, as chamas entraram ainda no município vizinho de Proença-a-Nova mas o incêndio estava a reduzir de intensidade. "Acredito que nas próximas horas o incêndio possa estar dominado", referiu o comandante da ANPC, Paulo Santos.

Paulo Santos disse ainda à agência Lusa que as chamas ameaçavam localidades como Ribeira da Várzea, Póvoa da Várzea, Hortas e Vale do Pereiro. Grupos de apoio com ambulâncias estavam a postos para auxiliar as populações e evacuar as localidades em caso de necessidade.

Segundo a ANPC, o incêndio lavra desde as 17h35 de sexta-feira e estava a ser combatido por 766 bombeiros e 252 viaturas.

Durante a tarde, o comandante disse que este fogo é "bastante complexo" e não estava "a ceder aos meios" de combate, que não conseguiam "acompanhar a frente do fogo". Com a queda da temperatura e a redução do vento foi possível "resolver o incêndio na maior parte do seu perímetro", mantendo-se uma parte mais ativa na zona de Várzea de Cavaleiros, afirmou à agência Lusa o oficial de operações Paulo Santos.

"Não há limpeza à volta das casas e das instalações, a mata entra pelas aldeias", referiu.
Paulo Santos indicou ainda que houve dois feridos: um civil, que sofreu um corte e foi assistido no centro de saúde da Sertã, e um sapador florestal, que sofreu uma queda e teve um traumatismo torácico, tendo sido levado para o Hospital Universitário de Coimbra.

O outro incêndio do distrito de Castelo Branco, que teve origem num reacendimento pelas 15h45 de sexta-feira na Covilhã, está em fase de resolução, mas permanecem no local 300 operacionais, apoiados por 90 viaturas e dois meios aéreos.

Paulo Santos afirmou que este fogo "ainda continua a dar trabalho" aos bombeiros e está a ter algumas reactivações.