Ilustração
Tratamento para a doença: desenhar, viajar e viver
O que fazes quando a vida te prega uma partida e não corre como gostarias? “Desenhas, viajas, e vives”, escreve Kam Redlawsk, 38 anos, num artigo na primeira pessoa publicado no site Bored Panda. Há cerca de 13 anos diagnosticaram-na com uma doença genética rara que provoca perda de massa muscular de forma irreversível e progressiva e a deixou, há cinco anos, “presa” a uma cadeira de rodas. Quando os médicos a aconselharam a levar uma “vida menos ambiciosa”, Kam ignorou-os, acabou a licenciatura em Design Industrial, comprou "finalmente" um bilhete para visitar a Coreia do Sul, o país onde nasceu, e decidiu que ia inspirar outros a não desistirem. Aprendeu sozinha a desenhar e passou para o "papel" o que que a rodeia: as suas experiências, dificuldades (provocadas pela sua condição ou não), coisas que gostava que todos percebessem e coisas que ela percebeu devido à Miopatia GNE. Chegará o dia em que não terá força para desenhar (como chegou a manhã em que não conseguiu prender o cabelo) e Kam não esconde o medo que tem de ficar completamente paralisada. Mas até lá continua a desenhar, a viajar e a aventurar-se a viver “mais do que quando tinha um corpo completamente funcional”.