Numa primeira observação, as cartas deste novo baralho de UNO parecem iguais às outras. O que as diferencia são pequenos símbolos impressos junto dos números que nelas figuram. A razão? Tornar o popular jogo de cartas mais inclusivo.
O UNO, da empresa de brinquedos norte-americana Mattel, é baseado em números e cores, razão pela qual os daltónicos tinham dificuldade em cumprir as regras. Agora, 46 anos depois de ter sido lançado, o novo baralho tem uma versão codificada segundo o sistema ColorADD, criado por um português.
Estima-se que o daltonismo afecte cerca de 10 por cento da população masculina mundial, num total de 350 milhões de pessoas, sendo que apenas dois por cento dos daltónicos serão mulheres. O UNO, definiu o director-geral da Mattel, Ray Alder, “é agnóstico no que diz respeito à linguagem: são cores e números”. O facto de ser universal é uma das características do jogo, razão pela qual decidiram acrescentar o código do Color ADD, um sistema universal de identificação de cores com base em figuras geométricas.
O baralho de UNO ColorADD só está, para já, à venda no mercado norte-americano e custa seis dólares (quase cinco euros).