Escola Alexandre Herculano, no Porto, reabre com alunos do 9.º ao 12.º ano

Obras urgentes garantem segurança de parte das salas. Alunos do 7.º e 8.º ano só regressam após requalificação profunda.

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A escola atingiu um grau de degradação que punha em risco a segurança de quem a frequenta fvl fernando veludo n/factos

 A Escola Secundária Alexandre Herculano, no Porto, tem "todas as condições físicas" para acolher cerca de 15 turmas, do 9.º ao 12.º anos, no arranque do ano lectivo, marcado para 13 de Setembro, disse esta quarta-feira o director do estabelecimento. Obras na cobertura e colocação de vidros criaram as condições mínimas para o regresso às aulas.

Depois de a 26 de janeiro a escola ter sido encerrada por uns dias, pelo director - devido ao seu estado de degradação, que poderia por em causa a segurança de alunos, professores e funcionários, e de ter sido determinada a deslocação das turmas do 7.º e 8.º anos para outra escola do mesmo agrupamento - a Alexandre Herculano abre portas em 13 de Setembro para algumas turmas já com a conclusão das obras prioritárias.

"A escola já reúne as condições de segurança e conforto mínimo para desenvolver actividades", depois da intervenção realizada entre Abril e Junho, garantiu o director, Manuel Lima. Segundo o responsável, o regresso dos alunos dos 7.º e 8.º anos de escolaridade àquele edifício classificado como imóvel de interesse público e projectado pelo arquitecto Marques da Silva (1869-1947) apenas deverá ocorrer no arranque do ano letivo 2019/2020.

Até lá, disse, decorrerão as obras de requalificação do edifício, que se estima que comecem em 2018, após o lançamento de um concurso internacional, o "que deve acontecer este ano", e que implicará o fecho total do estabelecimento. Manuel Lima referiu que tem havido "com regularidade reuniões com a Parque Escolar" no sentido de rever o projecto de requalificação do edifício, cujo preço máximo está fixado em sete milhões de euros, para o lançamento do concurso.

Para o arranque deste ano lectivo 2017/2018, a direcção do antigo Liceu Alexandre Herculano tem agora como prioridade "alocar os professores" a um só estabelecimento de ensino, para tentar evitar que se tenham de deslocar às escolas Pires de Lima ou à Ramalho Ortigão, que fazem parte do mesmo agrupamento. "Tenho a expectativa que seja um ano lectivo normal", disse, acrescentando que o facto de a comunidade escolar ter já "percebido que a intervenção vai ser uma realidade".