21 mortos e dezenas de desaparecidos em naufrágio no Brasil

Tempestade na origem do acidente no Pará, diz Folha de São Paulo. Vinte e cinco pessoas foram salvas.

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Um barco de passageiros com cerca de 70 pessoas a bordo naufragou esta quarta-feira no rio Xingu, no estado brasileiro do Pará. Já foram resgatados 21 corpos e há 25 sobreviventes. Mas os restantes passageiros estão desaparecidos, diz a imprensa brasileira. Entre as vítimas mortais estão duas criança, seis mulheres e dois homens.

Comandante Ribeiro – o nome do barco –, saiu do porto da Praça Tiradentes, no município de Santarém, na segunda-feira, e tinha como destino final a cidade de Vitória de Xingu. Na terça-feira, parou em Porto de Moz, onde entraram 40 passageiros, diz a Folha de São Paulo.

Este jornal adianta que o acidente terá sido provocado por uma tempestade que ocorreu depois de a embarcação ter deixado Porto de Moz, na noite de terça-feira. A Marinha e a Polícia Civil estão a investigar as causas do acidente.

O incidente ocorre 20 dias depois de também no estado do Pará, mas no rio Amazonas, um choque entre um navio e um cargueiro ter provocado o desaparecimento de nove pessoas.

A Folha explica ainda que em muitas zonas no Interior do Pará a única forma de transporte é a travessia de rios com barcos muitas vezes sobrelotados. De acordo com a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos, responsável por regular o transporte intermuncipal, a embarcação fazia o transporte clandestinoi de passageiros.

Em declarações a este jornal, Augusto Lima, subcomandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, responsável pelas operações de busca, mostrou-se confiante da existência de mais sobreviventes, explicando que o naufrágio aconteceu a cerca de 500 metros da margem, o que facilitou a chegada a terra dos sobreviventes registados até agora. 

A Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon) revelou que esta embarcação “não estava autorizada para fazer o transporte de passageiros por não se encontrar registada na Arcon”, cita a Folha. Também a autarquia local revelou que já tinha notificado o dono do barco sobre a situação.

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