O Aboubakar fulminante substituiu o perdulário

O avançado camaronês foi o homem do jogo ao marcar todos os três golos do FC Porto contra o Moreirense. Portistas imitaram os rivais e também venceram com goleada.

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Aboubakar LUSA/LUÍS VIEIRA

Aboubakar é um daqueles jogadores que deveria pensar em requisitar os serviços de uma empresa de gestão de imagem. Isto porque, apesar de se fartar de marcar golos, tem que se esforçar o dobro para ver o seu instinto goleador reconhecido pelos adeptos e até pelos media. É verdade que talvez todos os portistas se lembrem de algumas daquelas perdidas inacreditáveis à frente das balizas e que se foram colando à sua pele, mas o camaronês tem provado por onde passa que é um perigo para os guarda-redes. Neste domingo, frente ao Moreirense, acertou três vezes no fundo da baliza adversária e ofereceu ao FC Porto um triunfo folgado.

Sem Ricardo, lateral direito que vinha a realizar uma excelente temporada e que nem sequer no banco ficou, “sem” Brahimi, que aguentou apenas 45 minutos devido a uma lesão e sem Soares, lesionado, Aboubakar ocupou o palco.

O camaronês apenas tem que ter cuidado para não lhe acontecer o mesmo que em 2015-16, quando nos cinco primeiros jogos oficiais que efectuou com a camisola portista marcou seis golos, chegou mesmo ao fim da época com 18 golos em 42 partidas disputadas e acabou dispensado e “empurrado” para o Besiktas (19 golos em 38 jogos), onde Sérgio Conceição o foi repescar.

Para já o céu é azul e Aboubakar assinou um hat-trick frente ao Moreirense, fazendo com que o FC Porto imitasse o Sporting e o Benfica que, na véspera tinham goleado os seus adversários.

Os “dragões” aproveitaram bem um Moreirense que preferiu abdicar de ser feliz e que entrou no Dragão assumindo claramente que apenas lhe interessava defender. Só que a estratégia pensada por Manuel Machado caiu por terra graças à eficácia de Aboubakar. Em três minutos, o camaronês marcou dois golos e sentenciou a partida. A primeira parte terminou com o FC Porto a ter realizado 18 remates à baliza de Jonathan e com 68% de posse de bola. Esmagador.

No segundo tempo, a equipa de Sérgio Conceição baixou um pouco o ritmo, enquanto o Moreirense deve ter tido um curso de aprendizagem rápido sobre como é o futebol para além do próprio meio-campo. Arsénio obrigou mesmo Casillas a uma grande defesa perto do fim. Mas, apesar de terem tido menos oportunidades de marcar e menos tempo de posse de bola, os portistas ainda viram Aboubakar chegar ao hat-trick e Marega acertar na barra.

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