Há poucas escolas de "topo" entre as que vão experimentar novas formas de ensinar

Ministério da Educação já divulgou o nome das escolas que integram o projecto-piloto da flexibilidade curricular.

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O projecto-piloto abrange 236 escolas Paulo Pimenta

São poucas as escolas que estão no topo dos rankings, feitos com base nos resultados dos alunos, que decidiram integrar o projecto-piloto da flexibilidade curricular. A partir de Setembro, o novo modelo será aplicado em 236 estabelecimentos de ensino cujos nomes já podem ser consultados no site da Direcção-Geral de Educação.

O Externato Ribadouro, no Porto, o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, e a Escola Secundária do Restelo, sede do agrupamento com o mesmo nome, são algumas das excepções.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que contribui com mais escolas para o projecto-piloto. São 84. Segue-se a região Norte com 67.

Entre os 61 colégios privados que figuram na lista, pelo menos sete têm contratos de associação com o Estado, sendo financiados para garantir ensino gratuito aos seus alunos. Entre eles encontra-se a cooperativa Didáxis, de Vila Nova de Famalicão, um dos estabelecimentos que, com a actual tutela do Ministério da Educação (ME), teve mais cortes no financiamento.

Há 171 escolas públicas abrangidas pela nova experiência pedagógica, o que corresponde a 21% da rede dependente do ME.

Inicialmente, o Governo tinha equacionado estender a experiência a todas as escolas, mas na sequência das intervenções do primeiro-ministro e do Presidente da República acabou por optar por lançar um projecto-piloto. Nas escolas envolvidas também só serão abrangidos os anos iniciais de cada ciclo (1.º, 5.º, 7.º e 10.º).

As escolas que vão inaugurar a experiência de flexibilidade curricular têm apenas uma obrigação: a integração na matriz curricular de duas novas áreas. São elas Cidadania e Desenvolvimento e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). É o que se encontra estipulado no despacho que regulamenta o novo modelo, que foi publicado no início de Julho.

Mas, se assim o entenderem, vão ter 25% do tempo de aulas para levar por diante novas formas de ensino. O que passará pela constituição de novas disciplinas, mas também por várias outras soluções já apresentadas pelo Ministério da Educação. Uma possibilidade: a fusão de disciplinas em áreas disciplinares, em que dois ou mais professores “trabalham em equipa” na preparação das aulas, que podem ser dadas à vez por cada um ou em conjunto. Por exemplo: em vez de trabalhar de forma separada as disciplinas de Físico-Química e Ciências Naturais, a escola pode juntá-las com a carga horária equivalente à soma das duas. Pode optar-se também pela alternância entre tempos de estudos tradicionais e semanas em que toda a escola trabalha em conjunto, numa perspectiva multidisciplinar, um só tema.

As escolas podem ainda optar por transformar disciplinas anuais em semestrais e os alunos do 10.º ano terão a possibilidade de trocar uma disciplina do seu curso por outra de um curso diferente.

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