Europa
Lucifer, a onda de calor que invadiu a Europa
O continente europeu vive nos últimos dias sob uma onda de calor que até já ganhou nome, Lucifer. As temperaturas ultrapassam em os 40 graus centígrados em diferentes reiões e há três mortes a registar.
Lucifer foi o nome dado à onda de calor que tomou conta da Europa nos últimos dias. As temperaturas registam picos que não se viam há pelo menos uma década em algumas zonas.
Itália e os Balcãs são as zonas mais afectadas, e há três mortes registadas devido à vaga de calor – duas na Roménia e uma na Polónia. O serviço meteorológico europeu, Meteoalarm, colocou dez países em alerta vermelho, nível que se mantém este sábado.
Segundo a Reuters, as temperaturas não deverão sofrer grandes alterações na próxima semana, pelo que as autoridades europeias avisam que devem ser tomadas precauções.
O serviço meteorológico de Espanha emitiu neste sábado um alerta de emergência devido a altas temperaturas para 31 das 50 províncias, já que estão previstas que estas cheguem aos 44.ºC.
Na zona alpina da Eslovénia, as autoridades registaram no início desta semana a primeira "noite tropical" a 1500 metros nas montanhas, o que significa que a temperatura estava acima dos 20.ºC durante a noite.
Na Sérvia, onde as agências meteorológicas identificaram a origem desta onda de calor em África, as autoridades aconselharam a população a manter-se em casa, evitar esforços físicos e o consumo de álcool e a colocar toalhas molhadas nas janelas, se não tiverem sistema de ar condicionado.
Na Croácia, por exemplo, numa altura em que o país se torna num dos principais destinos europeus, os turistas foram aconselhados a serem cuidadosos nas praias e durante os trajectos que realizam.
No Montenegro relata-se que as ruas se encontram praticamente vazias, numa altura em que foi lançado o alerta máximo de incêndios.
Chamas essas que chegaram à Albânia, que já pediu apoio de emergência à União Europeia, devido aos incêndios.
As autoridades romenas, por sua vez, ordenaram a diminuição do tráfego ferroviário e automóvel nas principais vias. Neste país registaram-se duas mortes como consequência das altas temperaturas: um homem de 45 anos colapsou e acabou por perder a vida enquanto trabalhava no campo e outro, de 60 anos, teve um ataque cardíaco na rua, noticia a agência Associated Press.
Além disso, na Itália e na Hungria foram colocados blocos de gelo nos jardins zoológicos em alguns locais para arrefecer o ambiente de alguns dos animais aí presentes.