Sondagem: maioria não quer demissão de Urbano de Sousa e Azeredo Lopes

Apesar destes resultados sobre os ministros, maioria dos inquiridos acredita que o Governo saiu fragilizado na sequência da tragédia de Pedrógão Grande e do furto em Tancos e defende remodelação governamental.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

A maioria dos portugueses discorda do cenário de demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e do ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, apesar da tragédia de Pedrógão Grande e do furto de armamento militar em Tancos. Esta é a conclusão de uma sondagem conduzida pela Eurosondagem para o Expresso e para a SIC.

Estes resultados são coincidentes com as conclusões de um focus-group organizado pelo PS para perceber o impacto que teve a tragédia de Pedrógão Grande na imagem do executivo, soube o PÚBLICO.

Apesar destes resultados sobre os ministros, a maioria (55,2%) entende que o Governo “ficou fragilizado” com os incêndios e com o caso de Tancos. Além disso, 52,4% são da opinião de que o primeiro-ministro, António Costa, deveria avançar para uma remodelação do Governo.

Apesar de a maioria dos inquiridos defender a remodelação governamental, a verdade é que 47% dizem que Urbano de Sousa não se deveria demitir na sequência dos incêndios, sendo que 33,7% defendem a saída da ministra. Em relação a Azeredo Lopes, 43% acham que o ministro da Defesa também não deve apresentar a sua demissão e 36,9% têm a opinião contrária. Os restantes não sabem ou não responderam.

Outro dos temas que marcaram a actualidade nos últimos dias, e sobre o qual foram também questionados os inquiridos nesta sondagem, foram as férias de António Costa durante este período conturbado. Apesar da margem curta, aqui a maioria dos portugueses acha que o primeiro-ministro não deveria ter regressado de Palma de Maiorca (44,8%). Já 40,5% pensam que Costa deveria ter interrompido as férias e tomar conta das operações em Portugal.

A sondagem foi realizada nos dias 10, 11 e 12 de Julho, por entrevista telefónica, num total de 1001 entrevistas validadas. O erro máximo da amostra é de 3,10%.

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