Ferro Rodrigues: "Galpgate" é "absurdo" e um "mistério"
Presidente da Assembleia da República disse na TSF que não compreende "porque é que passado um ano há esta situação de serem constituídos arguidos" os secretários de Estado demissionários. "Tudo isto me parece um pouco ridículo", remata.
Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, deu a sua opinião “pessoal e não institucional”, no programa Bloco Central da TSF, sobre o "Galpgate", que motivou a demissão de três secretários de Estado, considerando o caso “absurdo” e um “mistério da Justiça portuguesa”.
"Para mim há um mistério nisto que é o facto de haver um empresa que patrocinava a selecção nacional de futebol, a Galp, ter feito uns convites a umas pessoas e elas terem aceite. Onde é que isto configura um crime parece-me totalmente absurdo. É a minha posição pessoal e não institucional", afirmou.
Além disso, Ferro Rodrigues diz que não compreende como é que, só passado um ano, os secretários de Estado envolvidos no caso são constituídos arguidos: "Porque é que passado um ano há esta situação de serem constituídos arguidos. É um mistério da justiça portuguesa."
“Não percebo como é que demorou um ano a ser investigado uma coisa que todos eles assumiram que tinham feito e que a própria empresa justificou e porque é que é nesta altura do campeonato que vem ao de cima esta esta questão”, atirou ainda o presidente da Assembleia da República.
Questionado sobre uma segunda investigação sobre ofertas de viagens para o Euro 2016 que envolverá deputados, Ferro Rodrigues diz que “não faz a menor ideia” e regressa à investigação sobre a Galp: “Tudo isto me parece um pouco ridículo”, rematou.