Museu de Arte Antiga com bilhetes a metade do preço enquanto houver salas fechadas
Falta de vigilantes e recepcionistas obrigou ao encerramento dos pisos 1 e 2, de terça a sexta-feira, e do piso 3, à hora do almoço. DGPC vai recorrer à contratação externa para reabrir as salas.
A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) anunciou esta sexta-feira que as entradas para o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, vão ser cobradas a metade do preço normal, enquanto houver salas encerradas.
De acordo com um comunicado desta instituição, a directora-geral do Património Cultural, Paula Silva, assinou um despacho autorizando a cobrança de metade do valor dos bilhetes do MNAA, enquanto durar a redução do percurso museológico por falta de vigilantes.
Esse aviso explica que, de terça-feira a sexta-feira, estão totalmente encerrados os pisos 1 e 2, que acolhem as exposições de mobiliário português, artes decorativas francesas, ourivesaria, joalharia, arte da expansão e cerâmica. Também está encerrado diariamente – entre as 12h00 e as 15h00 – o piso 3, com a colecção de pintura e escultura portuguesas, onde se encontram algumas das peças mais importantes do museu, entre as quais os Painéis de São Vicente.
Na quinta-feira, contactada pela agência Lusa, a DGPC respondeu que vai recorrer à contratação externa para reabrir as salas fechadas do MNAA. E o organismo que tutela os museus, palácios e monumentos nacionais confirmou o encerramento parcial do principal museu nacional do país, justificando que tal "se deve à circunstância de se encontrarem sete vigilantes de baixa médica".
Esta sexta-feira, a DGPC anunciou que, "considerando a necessidade de encerramento de algumas salas do MNAA, devido à insuficiência de recursos humanos, e a diminuição que tal implica para a quantidade e qualidade da visita proporcionada", é autorizado o desconto de 50 por cento do valor habitual dos bilhetes.
Após seis meses de obras, o terceiro piso do museu reabriu em Julho do ano passado, com um novo percurso da exposição permanente, com 243 obras, na maioria pintura (152 peças), e um terço de escultura (91 peças) de autores portugueses, do século XIV ao XIX. O MNAA foi o segundo museu mais visitado no primeiro trimestre deste ano, com cerca de 50 mil visitantes, logo a seguir ao Museu Nacional dos Coches, com 70 mil visitantes, que lidera habitualmente as entradas nos museus da DGPC.