Médio Oriente
Mossul foi libertada. E agora?
Esta quinta-feira, o Iraque - oito meses após ter iniciado a batalha de Mossul - tomou as ruínas da mesquita al-Nuri e declarou o fim do califado do Daesh. As pessoas que fugiram dos jihadistas e abandonaram a cidade estão agora a voltar para as suas casas, ou aquilo que resta delas.
A libertação da cidade devia ser motivo de festejo. Mas, quem não saiu de Mossul - e viveu três anos a ver a sua cidade a tornar-se em ruínas - é agora acusado de ter colaborado com o Daesh. De acordo com a agência de notícias Reuters, centenas de famílias terão recebido cartas ameaçadoras e um prazo para deixarem Mossul, por suspeita de terem colaborado com a organização terrorista que ocupou a cidade em 2014. A situação já levou a uma intervenção pública da Organização das Nações Unidas (ONU), que está preocupada com as expulsões forçadas que diz estarem a ser levadas a cabo pelas tropas no terreno.