Ataque informático ao Parlamento britânico impede acesso a e-mails

Uma investigação está em curso para apurar o que aconteceu, mas já foi confirmado que houve “tentativas não autorizadas” de aceder à rede parlamentar.

Foto
Por precaução, o acesso remoto aos emails do parlamento britânico foi temporariamente restrito Reuters/MARKO DJURICA

O Parlamento do Reino Unido foi alvo de um ataque informático na noite de sexta-feira que deixou os deputados incapazes de acederem às suas caixas de correio electrónico fora do edifício. Um porta-voz parlamentar disse ao Independent que foram detectadas “tentativas não autorizadas de aceder às contas de utilizadores do parlamento”. Este ciberataque surge semanas depois de ataques informáticos que causaram problemas a nível global

Também um e-mail enviado a todos os  afectados pelo ataque informático, citado pelo Guardian, revela que uma investigação – que continua em curso – confirmou que houve um ciberataque, numa tentativa de identificar palavras-passe mais fracas. À ITV News, o antigo ministro da Defesa, Liam Fox, referiu que este ataque deveria funcionar como um “aviso a todos” de que é necessária mais segurança e palavras-passe mais fortes.

Jeremy Corbyn, o líder dos trabalhistas, concordou com as vulnerabilidades no sistema: “Acredito que isto mostra o quão vulneráveis estamos a ciberataques e em relação à segurança informática”. “Todos confiamos em computadores, e-mails e registos digitais. Não se abandonaria um edifício sem que os documentos estivessem trancados à chave. Com um computador é a mesma coisa”, acrescentou, citado pelo Guardian.  

Por precaução, o acesso remoto aos e-mails foi restrito temporariamente, lê-se ainda numa nota divulgada pela Câmara dos Comuns, onde é garantido que o Parlamento tem “medidas resistentes” para proteger o sistema.

O ataque foi denunciado por vários membros do Parlamento. “Ataque informático no Parlamento em Westminster. Os e-mails podem não funcionar de forma remota”, escreveu o deputado liberal democrata Chris Rennard numa mensagem partilhada na rede social Twitter. Num tom mais jocoso, o deputado conservador Henry Smith escreveu que não havia acesso ao e-mail profissional pois estavam “a ser alvos de um ataque de Kim Jong-un, Putin ou de um miúdo na cave dos seus pais, algo do género”.

A National Crime Agency, que no Reino Unido é responsável pelo combate ao crime online, fez uma publicação no Twitter em que reconhecia a possibilidade de um crime informático, afirmando estarem a cooperar a entidade governamental de segurança informática, o Centro Nacional de Cibersegurança.

Sugerir correcção
Comentar