Feira do Livro de Lisboa vendeu 400 mil livros. Quatro em cada cinco visitantes compraram um
A 87.ª edição do evento que reúne leitores, autores e editores recebeu quase 500 mil visitantes
Quatro em cada cinco visitantes da Feira do Livro de Lisboa compram um livro, o que significa que este ano foram vendidos naquele espaço cerca de 400 mil livros, revelou à Lusa o secretário-geral da APEL, Bruno Pacheco. No termo da 87.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, as contas feitas pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), com base nas "conversas informais" tidas com os participantes, apontam para um valor superior a quatro milhões de euros em livros vendidos.
"Em média, um pavilhão vende cerca de 15 mil euros em livros na Feira. Multiplicando pelos 286 participantes deste ano, chegamos a um valor superior a quatro milhões de euros", indicou Bruno Pacheco à Lusa. "Por sua vez, o preço médio de venda ao público de um livro, com desconto de feira, rondará os dez euros. Ora, quatro milhões a dividir por dez euros dá-nos 400 mil livros vendidos na feira, com quase 500 mil visitantes. Podemos, pois, dizer com alguma segurança que quatro em cada cinco visitantes compram um livro na feira", acrescentou.
Segundo o responsável, este valor de vendas corresponde a cerca de 2% do mercado de venda de livros em Portugal, que se situa nos 177 milhões de euros, sem manuais escolares (com estes, ultrapassa os 200 milhões).
Para explicar estes valores, Bruno Pacheco socorre-se dos dados da consultora de estudos de mercado GFK, que auditou 80% do mercado, "por questões de acessibilidade", e concluiu que, em 2016, foram vendidos 142 milhões de euros em livros em Portugal (sem manuais escolares), sendo que o preço médio por livro em Portugal, nos últimos cinco anos, rondou os 11,60 euros. "Se extrapolarmos para 100%, podemos verificar que o mercado [de 2016] vale, aproximadamente, 177 milhões de euros", correspondente a mais de 15 milhões de livros vendidos.
No que respeita ao número de títulos editados por ano em Portugal, Bruno Pacheco revelou que em 2016 foram libertados 14 mil para o mercado, o que se traduz numa média de 38 por dia.