Donnarumma recusa renovar e torna-se numa das atracções do mercado

Guarda-redes do AC Milan, um dos mais entusiasmantes da actualidade, rejeitou a proposta de prolongamento do vínculo.

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© Giampiero Sposito / Reuters

Cerca de um minuto e 50 segundos bastaram para Marco Fassone, administrador delegado do Milan, comunicar aos adeptos rossoneri a notícia que não queriam ouvir: Gianluigi Donnarumma, guarda-redes de enormes recursos e um dos jogadores mais acarinhados pelas bancadas do Estádio Giuseppe Meazza, não vai renovar contrato com o clube. É o fim de uma novela que atira para o mercado de transferências um dos futebolistas mais apetecíveis da actualidade.

A história conta-se facilmente. Donnarumma, assumido pela direcção do Milan como o pilar da equipa que está a ser construída para se reerguer no plano europeu, tem contrato até 30 de Junho de 2018. E o interesse do clube em assegurar a continuidade de uma das jóias da coroa era evidente - o guarda-redes tem ainda 18 anos, mas já conta com 72 jogos pela equipa principal "rossonera" e quatro ao serviço da selecção de Itália, que continua a confiar as redes a Gianluigi Buffon. 

Desde o início do processo negocial, porém, que corriam rumores em Itália de que o agente do jogador, Mino Raiola, estaria pouco receptivo ao prolongamento do vínculo. E a verdade é que o fim de uma relação que começou em 2013 foi agora anunciado: "Mino Raiola comunicou-me a decisão de Donnarumma de não renovar. É uma decisão definitiva. Confiávamos que Gigio fosse o guarda-redes do novo Milan. Esta decisão, tomada por razões que não serão apenas financeiras, tem um travo amargo, mas vamos seguir em frente, o Milan seguirá em frente", afirmou aos jornalistas, numa declaração-relâmpago, Marco Fassone.

Perante este cenário, não resta ao Milan tentar fazer o negócio possível o mais rapidamente que conseguir, para evitar que o jogador fique livre de decidir o seu futuro a custo zero, a partir de Janeiro de 2018. Nesse sentido, Donnarumma acaba de se transformar, repentinamente, num dos futebolistas mais apetecíveis do mercado de transferências, tendo em conta a sua qualidade, as suas características (um guarda-redes de 1,96m com uma agilidade tremenda) e a sua margem de progressão.

Claro que, seja qual for o encaixe que o Milan fizer, superará seguramente os 250 mil euros que pagou ao Nápoles pelo jogador, que na altura tinha 14 anos. Mas será sempre um parco consolo para um clube que via no seu guarda-redes uma referência de futuro, um jogador talhado para marcar uma era em Milão e para contribuir para devolver a equipa aos títulos.

Donnarumma, que aos 16 anos e 242 dias se tornou no segundo guarda-redes mais novo de sempre a estrear-se na Série A (só superado por Giuseppe Sacchi, 13 dias mais novo quando também se estreou pelo Milan), procurará agora outros recordes noutras paragens. Em Itália, falou-se numa exigência de um salário anual de 10 milhões de euros, uma oferta que alguns dos 11 clubes interessados no jogador (segundo o seu representante), entre os quais a Juventus e o Real Madrid, poderão certamente cumprir.  

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