Trânsito entupido dificultou o regresso dos fãs de Guns N’Roses a 1992

A chegada ao Passeio Marítimo de Algés foi caótica tanto para quem optou por transportes individuais como colectivos.

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Nuno Ferreira Santos
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Chegar foi difícil para muitos. Trânsito entupido. Filas de dimensão desanimadora na bilheteira ferroviária. Autocarros sobrelotados. Poucos táxis e muita gente a tentar chegar ao Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, à hora do concerto — que estava marcado para as 20h45.

“Estava tudo uma grande confusão, tudo por todo o lado estava abarrotado de gente e de carros”, disse ao PÚBLICO uma funcionária de uma empresa de táxis de Lisboa. “O maior problema foi arranjar tanto táxi para todas as pessoas que nos ligavam, foi o fim do mundo”, continuou.

A juntar ao já habitual trânsito de uma sexta-feira à tarde em Lisboa, os acessos ficaram congestionados por quase toda a cidade na correria para o Passeio Marítimo de Algés. Do Cais do Sodré a Algés, o troço fez-se lentamente – de carro ou de transportes públicos, a espera foi muita.

“Na recta até Algés foi onde se registou maior congestionamento, como já se estava à espera”, revelou ao PÚBLICO um porta-voz da PSP, João Moura. “Já perto do recinto as coisas estavam normalizadas, mas um atropelamento perto da estação de Algés complicou ainda mais o trânsito que por si já estava suficientemente caótico”, disse.

No outro lado da cidade, a Oriente, muitos outros se preparavam para ver desfilar as marchas de Santo António no Meo Arena. Mais uma condicionante nas estradas da capital. Mais trânsito.

Chegar a Oeiras foi difícil, mas todos sabiam ao que iam. Os Guns N'Roses, agora a sério. Outra vez com Slash e Duff McKagan. É 1992 outra vez. É.

São esses, adolescentes e pré-adolescentes quando da primeira visita da banda, que chegam para reviver, t-shirt dos Guns vestida, lenço na cabeça aqui e ali. Quando às 21h, pontualmente na escala Guns N'Roses, ou seja, apenas 15 minutos depois do previsto, se ouve It's so easy, para eles e para elas, tudo valeu a pena. Erguem-se telemóveis, aplaude-se nas filas de gente ainda à espera para entrar, imaginamos. É o rock.  São os Guns N'Roses.

Chega Mr. Browmstone, explode pirotecnia, Axl Rose cumprimenta o público, Slash lança-se num solo. Chega Welcome to the Jungle. O público canta com o vocalista. É mesmo 1992. Quase. Outra vez.

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