Passos visita Hospital de Faro e faz o diagnóstico: "há tempos de espera a crescer"
Líder do PSD esteve toda a manhã em visita ao centro hospitalar do Algarve e disse que é preciso colocar esta unidade no "topo das prioridades" definidas pelo Governo para novos investimentos.
Foram três horas de visita em que o líder do PSD ouviu queixas de médicos e de enfermeiros do Centro Hospitalar do Algarve, em Faro. No final, Pedro Passos Coelho resumiu o diagnóstico – “há tempos de espera a crescer” – e deu a receita: é preciso colocar esta unidade no "topo das prioridades" definidas pelo Governo para novos investimentos.
No âmbito das jornadas parlamentares do PSD, a decorrer no Algarve, Passos Coelho deu conta aos jornalistas de que as preocupações no centro hospitalar do Algarve “são transversais” às de todo o país como a “falta de recursos humanos” e a falta de investimento na saúde em 2016 por parte do Governo, o que leva a crescer os tempos de espera, em especial na cirurgia e nos exames complementares. Lembrando que a dívida dos hospitais está a “aumentar, o líder do PSD fez o contraponto com o discurso do Governo: “Há uma retórica que não casa com a realidade”, afirmou o líder social-democrata, defendendo que é preciso “melhorar com realismo e não com demagogia”. Exemplo disso é a necessidade de um hospital novo no Algarve – admite – mas também disse acreditar que “não há dinheiro” para o construir pelo menos para já. De qualquer forma, Passos Coelho criticou o facto de o Governo não ter colocado o centro hospitalar do Algarve no topo das prioridades definidas pelo Governo para novos investimentos na saúde.
O que se pode fazer para já no Algarve – acrescentou – é reforçar o investimento para minimizar algumas consequências na resposta aos utentes e também “aperfeiçoar o modelo de organização” do centro hospitalar que juntou, no anterior Governo, as duas unidades – Portimão e Faro. “Do lado de médicos e enfermeiros foi me dito que há trabalho a fazer” nessa área, afirmou o líder do PSD.
Depois de falar aos jornalistas, no recinto do centro hospitalar, Passos Coelho foi abordado por duas utentes que pediram mais médicos e enfermeiros para o hospital. “No Verão é impossível”, desabafou uma delas.