Montenegro acusa Governo de ter “duas caras” nas questões dos precários e dos estágios não pagos

Líder bancada do PSD criticou “gaffe monumental” de Carlos César sobre destino turístico das jornadas do PSD.

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Luís Montenegro Nuno Ferreira Santos
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Presidente do partido e líder da bancada parlamentar do PSD visitaram de manhã o Centro Hospitalar do Algarve, em Faro LUSA/LUÍS FORRA
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Presidente do partido e líder da bancada parlamentar do PSD visitaram de manhã o Centro Hospitalar do Algarve, em Faro LUSA/LUÍS FORRA

O líder da bancada parlamentar do PSD aproveitou a abertura das jornadas parlamentares para acusar o Governo de contradição, por tentar integrar os precários e, ao mesmo tempo, promover estágios não remunerados. “É um Governo com duas caras, uma em que aparece sempre sorridente e a cara do dia-a-dia, que é a destes malabarismos e subterfúgios”, apontou no discurso de abertura das jornadas, a decorrer em Albufeira, Algarve.

Luís Montenegro voltou à carga sobre os estágios não remunerados no centro de estudos jurídicos da Presidência do Conselho de Ministros, criados para avaliar a qualidade da legislação. “Vejam bem a importância que o Governo dá à avaliação da legislação” ao recrutar estagiários para a função, disse. “Com todo o respeito, requer uma dose de experiência”, afirmou.

Numa sala de um hotel junto ao mar, o líder da bancada também não esqueceu a referência que o seu homólogo socialista fez sobre a escolha de um destino turístico para realizar jornadas do PSD, enquanto o PS optou por uma região do interior. “Foi com grande estupefacção” que Montenegro disse ter ouvido o comentário de Carlos César a que chamou uma “’gaffe monumental’”, já que Bragança “também é um destino turístico” e esta actividade no Algarve  - como noutras regiões do país – é “potenciadora de riqueza”. Sem nunca referir o nome do líder da bancada do PS, Montenegro dirigiu-se aos algarvios para dizer que o PS “não merece o apoio eleitoral que tem tido nas sucessivas eleições”.

Os socialistas voltaram ainda a ser o alvo do líder da bancada social-democrata por terem proposto que a decisão de permitir alojamento local em cada imóvel passe a pertencer ao condomínio. “Querem matar o alojamento local”, acusou.  

Com o presidente do partido sentado na primeira fila entre os deputados, o líder da bancada assumiu que nem sempre o PSD sabe comunicar as suas propostas, lembrando iniciativas nas duas últimas sessões legislativas, desde que os sociais-democratas são oposição no Parlamento. “Parece que não temos iniciativa, parece que estamos sempre a falar dos mesmos temas”, afirmou, assumindo que, “às vezes”, são os próprios a esquecer-se das propostas apresentadas. E deixou um apelo aos deputados para fazerem um “esforço colectivo de afirmação vincada” das ideias.

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