Sindicato considera insuficiente reforço de 400 guardas prisionais
Representantes dos guardas dizem que há 200 profissionais que estão em condições de se reformarem por terem mais de 60 anos.
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional considera insuficientes os 400 novos guardas que vão iniciar esta quinta-feira um curso de formação, tendo em conta que faltam mais de 900 destes profissionais nas cadeias.
"São claramente insuficientes para as necessidades", diz o presidente do sindicato, Jorge Alves, avançando que o mapa de pessoal assinado pela secretária de Estado Ajunta e da Justiça contempla 4903 guardas prisionais em 2017, mas apenas cerca de quatro mil estão ao serviço.
Jorge Alves sublinha também que cerca de 500 guardas prisionais têm mais de 55 anos e estão em condições para entrarem na pré-reforma, o que faz aumentar ainda mais o défice de efectivos. Segundo o sindicalista, 200 destes 500 guardas têm mais de 60 anos e já podem reformar-se. Apesar de o corpo da guarda prisional se encontrar "muito envelhecido" as políticas de admissões dos últimos anos não tem acompanhado essa preocupação, assinala, defendendo que os cursos de admissão de novos elementos deviam ter sido mais regulares e com menor número de incorporações.
O dirigente sindical afirma ainda que o défice de pessoal faz com que a carga horária aumente, estando actualmente os guardas prisionais a trabalhar mais 40 a 50 horas por mês sem receber qualquer remuneração extra. Oitenta dos 400 novos guardas prisionais que vão iniciar o curso são mulheres. De acordo com o sindicato, o curso de formação tem a duração de um ano, significando que os 400 novos guardas vão estar a trabalhar nas prisões em Junho de 2018.