A bienal ExperimentaDesign vai acabar este ano
Guta Moura Guedes diz que não é por falta de apoios. Associação Experimenta continua com outros programas.
A Associação Experimenta anunciou esta quarta-feira que irá pôr fim à Bienal ExperimentaDesign (EXD) em 2017, 18 anos e nove edições depois da sua fundação. Este ano, a associação, presidida por Guta Moura Guedes, ainda “irá produzir a EXD’17, a sua última edição, num formato especial”, cujo programa será anunciado em breve, diz o comunicado de imprensa.
“Posso adiantar que o fecho não é devido a falta de apoios, mas são razões de ordem estratégica, contextual e de desenvolvimento”, explicou Guta Moura Guedes ao PÚBLICO, sem poder adiantar mais explicações, uma vez que está ausente durante uma semana por motivos de saúde.
Segundo o comunicado, “a decisão de término da EXD foi transmitida atempadamente aos seus parceiros institucionais, nomeadamente, o Ministério da Economia, o Ministério da Cultura, a Câmara Municipal de Lisboa e a Presidência da República Portuguesa, sendo que depois da edição de 2015 não foi solicitada, como era habitual, a renovação dos protocolos com as referidas entidades”.
A associação Experimenta vai manter-se em actividade, nomeadamente através do programa Primeira Pedra, que tem como objectivo internacionalizar as pedras portuguesas, como o mármore ou o granito. Se já esteve no ano passado na Bienal de Arquitectura de Veneza com arquitectos como Álvaro Siza, Alejandro Aravena, Amanda Levete ou Bijoy Jain, vai brevemente apresentar-se na Art Basel.
A última ExperimentaDesign terá lugar no fim-de-semana de 29 e 30 de Setembro e o programa será conhecido em Junho.
Em jeito de balanço, o comunicado contabiliza mais de um milhão de visitantes nas nove edições realizadas, com 1833 convidados, portugueses e estrangeiros, envolvendo 48 países.