Bilhete de identidade de três poluentes

Óxidos de azoto, partículas finas e ozono são os poluentes em causa num estudo sobre o excesso de emissões de veículos a diesel em 2015.

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Aly Song/Reuters

Óxidos de azoto

Incluem o dióxido e o monóxido de azoto: enquanto o primeiro é acastanhado, corrosivo e detectável pelo odor, o segundo é incolor, insípido, inodoro e pouco tóxico. Os óxidos de azoto têm sobretudo origem na queima de combustíveis fósseis (na indústria ou transportes) e em fontes naturais, como descargas eléctricas na atmosfera. Também estão na origem de outros poluentes, como as partículas finas e o ozono. Embora não causem uma mortalidade tão elevada como as partículas finas, tornam o sistema imunitário débil ou causam lesões nos brônquios. Provocam também chuvas ácidas.

Partículas finas

Estão em suspensão no ar e têm 2,5 micrómetros de diâmetro (cerca de 20 vezes mais finas do que um cabelo humano). Chegam aos pulmões, entram na circulação e causam problemas respiratórios agudos ou crónicos, doenças cardiovasculares ou cancro (porque têm compostos carcinogénicos). Só em 2007 houve 3,45 milhões de mortes prematuras em todo o mundo atribuídas a partículas finas no ar. “São de longe o poluente que tem efeitos mais graves na saúde”, avisa Francisco Ferreira, presidente da Associação Zero.

Ozono

Se nas camadas superiores da atmosfera nos protege da radiação ultravioleta, junto ao solo é um poluente e pode resultar dos óxidos de azoto, oxigénio e radiação solar. Destrói culturas, por exemplo. Nas pessoas, provoca irritação nos olhos, nariz e na garganta, assim como tosse e dores de cabeça. Agrava também a asma e outros problemas respiratórios. 

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