Costa à procura de investimento no Qatar

Visita oficial de um dia tenta chamar investidores e desenvolver relações comerciais.

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António Costa visita oficialmente o Qatar Enric Vives-Rubio

Atrair investimento do Qatar em Portugal e incrementar as relações bilaterais e económicas é o objectivo da visita oficial que leva esta segunda-feira a Doha o primeiro-ministro, António Costa. Uma viagem que terá como retorno em Julho a visita do Emir do Qatar, o Xeque Tamim bin Hamad bin Khalifa Al-Thani.

O Qatar é considerado pelo Governo, de acordo com dados fornecidos pelo gabinete do primeiro-ministro, como o parceiro estratégico na região do Médio Oriente e, de acordo com a Standard & Poor’s, teve entre 2010 e 2015 um crescimento médio anual do PIB de 8,6%. A ideia é aumentar a transacção comercial em áreas como o Turismo, a Construção Civil e Obras Públicas, o sector alimentar, o sector energético e a Saúde.

A captação de investimento assenta na promoção das vantagens fiscais e administrativas garantidas a investimentos privados, bem como no facto de ir ser inaugura uma ligação aérea directa entre Portugal e Doha, em 2018. O facto de o Mundial de Futebol de 2022 se realizar no Qatar é visto pelo Governo como uma oportunidade para as empresas portuguesas em áreas como a gestão de instalações, a construção civil e a decoração de interiores.

Há 1500 portugueses a residir e a trabalhar no Qatar e as empresas portuguesas estão organizadas no PBC - Portuguese Business Council. A intensificação das relações económicas tem sido uma aposta do actual Governo, cujo Secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, visitou o Qatar em Fevereiro de 2016.

Outro nível de aposta do Governo são as relações culturais. Funciona já um curso de língua portuguesa na Embaixada de Portugal em Doha, bem como um curso de português para menores o Instituto Camões equaciona a possibilidade da criação, em Doha, de um espaço para oferta de cursos de português certificados, vocacionados para o mundo empresarial e dos negócios, bem como para os meios culturais. E está a ser ponderada pelo Instituto Camões a promoção de cursos de português ao nível universitário como disciplina curricular opcional.

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