Descida do desemprego “é uma grande alegria” para Marcelo. “Faz esperar resultados melhores”

Eurostat aponta para um descida da taxa de desemprego, a maior da zona euro em Março. Presidente da República perspectiva “crescimento económico e criação de emprego”.

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Adriano Miranda
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou esta terça-feira que a redução da taxa de desemprego em Portugal para 9,8%, de acordo com os dados do Eurostat, “é uma grande alegria” e “faz esperar resultados melhores em matéria de crescimento da economia e de emprego”.

”A seguir à Croácia, [Portugal] é o país que tem a melhor evolução em termos de emprego. “É uma grande alegria, mais uma, sobretudo por vir do Eurostat, que é sempre muito rigoroso e muito duro nas estatísticas que apresenta. Significa que parece confirmar-se o crescimento económico e, portanto, a criação e emprego”, afirmou o Presidente da República.

Segundo dados do gabinete oficial de estatística da União Europeia, a taxa de desemprego em Portugal baixou para 9,8% em Março, registando a maior descida da zona euro quando se compara a evolução deste indicador com o valor alcançado há um ano. Em Março de 2016 o desemprego era de 12% da população activa.

Num ano, o desemprego registou uma quebra de 2,2 pontos percentuais, estimando-se agora que a população desempregada seja de 504 mil pessoas. Os outros países da zona euro com as maiores reduções de desemprego foram Espanha (de 20,3% para 18,2%) e Irlanda (de 8,3% para 6,4%).

Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao Hospital das Forças Armadas do Porto, Marcelo referiu que os dados da Eurostat, a confirmarem-se, fazem esperar “resultados melhores em matéria de crescimento da economia e de emprego do que aqueles que tinham sido previstos por todos: Governo, Banco de Portugal, instituições europeias e OCDE. Se assim for, é uma razão, de facto, para alegria para todos os portugueses”.

Questionado se a redução da taxa de desemprego — que passou de 12% em Março de 2016 para 9,8% em Março deste ano — se deve às políticas do Governo liderado por António Costa, o chefe de Estado disse que “o processo da crise foi muito difícil” e que se reflectiu num “crescimento económico limitado”. “No final” do executivo anterior houve crescimento económico “limitado mas houve”, acentuou o Presidente, declarando depois que “a grande dúvida era saber se este Governo confirmava ou não essa tendência e a melhorava, parece confirmar-se e parece melhorar. Tudo boas notícias”.

Na ocasião, o Presidente da República comentou a disparidade entre gestores e trabalhadores nas grandes multinacionais, declarando que “é preciso encontrar uma forma de debater seriamente o problema não afectando as pequenas e médias empresas”.

Marcelo sublinhou, a este propósito, que “é preciso distinguir duas realidades; uma coisa são as grandes empresas do Psi20 outra coisa são as pequenas e médias empresas portuguesas, que são a 90 a 95% das empresas”.

“Quando se olha para as notícias diz-se: como é que é possível haver gestores, alguns deles também accionistas, que ganham tanto comparado com a média dos ordenados dos trabalhadores? Estamos a falar de 20 empresas, não estamos a falar de milhares e milhares de empresas?” realçou o Presidente, admitindo que no caso de Portugal a questão se torne “mais chocante por serem muito poucas as empresas”.

“Isso é uma tendência que existe à escala internacional onde os gestores das multinacionais têm ordenados que chocam flagrantemente com os vencimentos dos trabalhadores. Esse é um problema que no caso de Portugal se torna mais evidente por serem muito poucas empresas”, observou o Presidente da República

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