José Dirceu novamente acusado na Lava-Jato

Antigo ministro e braço-direito de Lula da Silva é agora suspeito de ter recebido subornos de 2,4 milhões de reais antes, durante e depois do julgamento do caso Mensalão e com o objectivo de limpar a imagem.

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José Dirceu foi já alvo de duas sentenças que totalizam 32 anos de prisão Reuters/RODOLFO BUHRER

José Dirceu, antigo ministro da Casa Civil do Governo de Lula da Silva e ex-número dois do ex-Presidente brasileiro, foi novamente alvo de uma acusação por parte do Ministério Público Federal do Brasil. Agora, é suspeito de ter recebido subornos no valor de 2,4 milhões de reais (quase 700 mil euros) antes, durante e depois do julgamento sobre o caso do Mensalão.

A acusação surge no âmbito da Operação Lava-Jato, sendo que, juntamente com Dirceu, são também acusadas outras quatro pessoas: o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva; João Vaccari Neto, antigo tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Dilma Rousseff e Lula; Gerson de Melo Almada, antigo executivo da empresa Engevix, e Walmir Pinheiro Santana, antigo executivo da UTC.

Dirceu encontra-se neste momento a cumprir a sentença total de 32 anos de prisão devido a outras duas acusações na Lava-Jato. A primeira sentença foi de 20 anos e 10 meses por crimes como corrupção e branqueamento de capitais. Mais tarde foi condenado a mais de 11 anos por corrupção passiva e também branqueamento de capitais.

De acordo com o Ministério Público brasileiro, o antigo governante é suspeito de receber 2,4 milhões de reais entre 2011 e 2014. O montante terá tido origem das empresas Engevix e UTC e sido movimentado através de contratos com a Petrobras.

“O dinheiro foi usado para limpar ou para tentar limpar a imagem de José Dirceu durante o julgamento do Mensalão”, explicou o procurador Júlio Motta Noronha durante uma conferência de imprensa, citado pelo jornal Globo.

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